Fez-se luz, esta quarta-feira, sobre o novíssimo BMW iX… e as expectativas não foram defraudadas para quem já abraçou em definitivo a mobilidade eléctrica.
Revelado ainda em protótipo como iNext, o modelo que se assumirá como porta-bandeira "eléctrico" da marca de Munique incorpora as mais recentes inovações tecnológicas nas áreas da electrificação, condução autónoma e conectividade.
E, para que não hajam dúvidas sobre a qualidade do novíssimo Sports Activity Vehicle (SAV) que irá entrar na linha de montagem de Dingolfing na segunda metade de 23021, são os próprios engenheiros da marca a sublinharem que o modelo foi construído de dentro para fora.
Traduzindo para termos mais concretos, significa que o seu desenvolvimento teve como alvo principal "proporcionar qualidade e bem-estar ao condutor e aos passageiros".
Nem tal seria de esperar, principalmente quando as suas dimensões se comparam ao do BMW X5 na largura e comprimento, com a linha fluida do tejadilho a relembrar o X6 e as rodas a atirarem para o X7.
Significa isso que o novo iX é uma miscelânea de estilos e de estéticas daqueles três SUVs?
Tal não é essa a ideia, se se começar por atentar na enorme grelha "duplo rim", já presente no musculado BMW 4 Coupé, que esconde a câmara e o radar, entre outros sensores, e nas linhas nitidamente fluidas do modelo.
Os faróis LED, estreitos e quase na horizontal, a interrupção dos pilares D, os puxadores embutidos nas portas e os arcos alargados das rodas marcam as diferenças, ao mesmo tempo que se percebe a porta da bagageira, sem juntas de separação, a toda a largura da carroçaria.
Já com as portas abertas, admira-se a qualidade estética do interior, bem patentes nos novos bancos da frente, com os encostos de cabeça neles integrados.
O tejadilho panorâmico dá uma enorme "iluminação" aos materiais de elevada qualidade que compõem o habitáculo e o espaço abundante para transportar confortavelmente cinco pessoas.
Olhando mais ao pormenor, agrada a abordagem minimalista que os estilistas da BMW fizeram ao tabliê, dominado por um enorme tela encurvada que agrupa o painel de instrumentos e o ecrã táctil de infoentretenimento num único elemento.
O espírito futurista do SAV é rematado por um volante hexagonal equipado com diversos selectores nos dois raios que o unem.
A consola central, com um revestimento a imitar madeira, agrupa o botão de ignição, o travão de "mão" e o selector da caixa automática de velocidades, sem esquecer o botão rolante de volume e a grande "roda" de selecção das várias funções do sistema de infoentretenimento.
E o que irá mobilizar este BMW iX, que integra a quinta geração do sistema eDrive da marca germânica?
A unidade de energia, fabricada de forma sustentável sem usar matérias-primas críticas, conhecidas como terras raras, está equipada com dois motores eléctricos.
No solo são colocados 370 kW (503 cv) de potência máxima, capaz de impulsionar o SAV em menos de cinco segundos dos 0 aos 100 km/hora.
A alimentá-los está uma bateria com mais de 100 kWh, que permitirá oferecer uma autonomia superior a 600 quilómetros, de acordo com o ciclo WLTP, o que corresponde a um consumo inferior a 21 kWh por cada centena de quilómetros percorridos.
O carregamento DC até 200 kW também promete ser mais rápido, bastando cerca de 40 minutos para carregar dos dez aos 80% da capacidade da bateria; dez minutos chegam para "ganhar" uma autonomia superior a 120 quilómetros!
Com uma wallbox de 11 kW, são necessárias menos de 11 horas para carregar a bateria dos zero aos 100%.
Em termos tecnológicos, as novas ferramentas que o BMW iX estreia dão um salto significativo nas áreas da condução autónoma e nos serviços digitais.
Quer isto dizer que o poder computacional do SAV consegue processar 20 vezes mais depressa o volume de dados recebidos através dos sensores do que antes era possível.
Acredita-se que, no final do próximo ano, os primeiros exemplares do BMW iX possam chegar aos concessionários europeus.
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