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Foi um dos super carros que marcou toda a década de 70, e que este ano celebra o 50º aniversário.
Trata-se, nem mais nem menos, do que o Lamborghini Urraco, revelado ao mundo em 1970 no salão automóvel de Turim, com a produção a ser finalizada nove anos mais tarde.
O super desportivo destacou-se de imediato pelas inovadoras soluções técnicas à época, e, principalmente, pelas linhas estilísticas promovidas por Marcello Gandini, que naquele período era o ‘designer’ principal da Carrozzeria Bertone.
O Lamborghini Urraco é um veloz 2 + 2 coupé, equipado com um motor V8 de 2.5 litros e suspensão independente MacPherson à frente e atrás, uma solução introduzida pela primeira vez num carro de produção.
Com uma potência inicial de 220 cv e 220 Nm de binário, o modelo batia nos 245 km/hora de velocidade máxima, e chegava aos 100 km/hora em 6,9 segundos.
Com 4.250 mm de comprimento, o interior do Urraco era bem inovador no que respeita à conformação do painel de instrumentos e da posição dos comandos, e do volante abaulado.
As principais novidades mecânicas consistiam no motor de oito cilindros, e distribuição com uma única árvore de cames à cabeça.
O refinamento técnico foi completado com o cabeçote de motor "Heron", com a parte interna plana e a câmara de combustão contida numa depressão no topo do pistão.
Estas soluções permitiram obter uma taxa de compressão mais elevada sem aumentar os custos de construção.
Outra das novidades foi a montagem de quatro carburadores Weber 40 IDF1 de corpo duplo.
Apresentado como P250 Urraco, em que o "P" representava a posição posterior do motor e 250 os 2.5 litros de cilindrada, o super modelo foi produzido entre 1970 a 1976.
Quatro anos mais tarde foi proposta, para o mercado italiano, a variante P200 (1.994 cc e 182 cv), e a versão P300, com 2.996 cc e 265 cv.
O Urraco P300 assumiu-se quase como um avião sem asas, ao fazer 5,6 segundos dos 0 aos 100 km/hora, para uma velocidade de ponta de 260 km/hora.
O super desportivo tornou-se igualmente fonte de inspiração para os futuros modelos de oito e dez cilindros do construtor transalpino, reflectidos no Gallardo e no atual Huracán.
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