"Revolução" representa a entrada na terceira fase do plano estratégico Renaulution delineado em 2021 pela Renault.
Anunciado esta quarta-feira, no seu cerne está o "salto" definitivo para a mobilidade do futuro no que respeita à electrificação, apoiada em novos serviços e numa economia circular.
Para atingir esse desígnio, o grupo automóvel francês reorganizou as suas actividades industriais.
A nova empresa para os carros com motores térmicos passa a designar-se como Power, sendo partilhada com a chinesa Geely
A divisão para o desenvolvimento de modelos 100% eléctricos passará a chamar-se Ampere.
A nova insígnia irá colocar-se a par das outras marcas do grupo, prevendo já a sua entrada em bolsa na segunda metade 2023.
O plano estratégico compreende ainda mais três empresas, com a Alpine a dedicar-se em exclusivo ao mundo desportivo.
A Mobilize apontará à mobilidade sustentável, como já era sabido, enquanto a Future is Neutral dedicar-se-á à reciclagem de veículos e baterias.
"Os anúncios feitos são um novo sinal da determinação em preparar-nos para os futuros desafios e oportunidades gerados pela transformação da nossa indústria", sublinhou Luca De Meo, director-executivo do grupo Renault.
Para a nova marca eléctrica Ampere, está previsto o lançamento de seis modelos totalmente eléctricos até 2030.
As primeiras quatro propostas são já conhecidas: Mégane E-Tech Electric, Renault 4, Renault 5 e o futuro Scénic Electric.
A gama será completada com mais dois "eléctricos" mas desconhece-se que modelos serão.
Como parceiros terá a Qualcomm Technologies e a Google para desenvolver as plataformas e os software dos veículos, e os processos de fabrico associados.
Significa que os futuros Ampere poderão beneficiar do processador Snapdragon Digital Chassis da Qualcomm, e dos serviços de conectividade da Google.
A divisão Ampere será sediada em França com uma força de trabalho de 10.000 pessoas.
Mais de 3.500 dos trabalhadores serão engenheiros, sendo metade deles ligados ao desenvolvimento de software.
No horizonte da nova empresa está a produção anual de um milhão de viaturas eléctricas em 2031.
A nova estrutura Power será dedicada às motorizações térmicas e híbridas de modelos da Renault e da Dacia, assim como para os comerciais do grupo.
Dividida em partes iguais entre o grupo Renault e a chinesa Geely, irá empregar 19.000 pessoas distribuídas por 17 fábricas e cinco centros de investigação e desenvolvimento espalhados por três continentes.
A nova parceria, designada com Horse, será fulcral para o construtor francês, pelo menos até meados deste século.
O grupo estima que, em 2040, metade dos carros novos vendidos a nível mundial serão ainda equipados com motor de combustão interna.
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