17 de Julho de 1923: Lenda do Cavallino Rampante

O Cavallino Rampante identificava o avião de Francesco Baracca, um ás da I Grande Guerra. Perdeu a vida durante o conflito, mas o seu símbolo tornou-se na imagem da Ferrari.

Tudo começou depois de uma visita do conde Enrico Baracca às oficinas que Enzo Ferrari geria em Monza. "Nasceu uma relação amigável, que se aprofundou quando fui correr ao circuito de Savio perto de Ravena em [17 de Julho] de 1923 e em

1924, e conheci a condessa Paolina Biancoli. Fui convidado para as suas casas em Lugo e San Polito. E aí nasceu a oferta espontânea da senhora condessa: Ferrari, se colocar o ‘cavallino’ nos seus carros, isso dar-lhe-á sorte", recordou Enzo Ferrari nas suas memórias. "Aceitei. Esta é a verdadeira história. O ‘cavallino’ era e continuou negro, mas acrescentei-lhe o fundo amarelo que é a cor de Modena".

Mas de acordo com pesquisas feitas pelo jornal italiano ‘Gazetta dello Sport’, com base em fotos da época, o ‘cavallino’ só surgiu pela primeira vez nos Alfa Romeo da Scuderia Ferrari a 9 de Julho de 1932. É visível nos 2300 8C de Brivio/Siena e Taruffi/D’Ippolito, que garantiram os dois primeiros lugares nas 24 Horas de Spa, disputadas na Bélgica.

Quando Ferrari apresentou o 125, o primeiro automóvel construído com o seu nome, muitos ficaram surpreendidos com a ausência do escudo, que deu lugar a um rectângulo no meio do qual surgia o ‘cavallino’ sob as cores da bandeira italiana, um símbolo que se manteve até hoje. O escudo com as letras S e F continuam a ser a imagem da Scuderia Ferrari e dos carros de competição.