O "Dakar" escolheu Lisboa como ponto de partida em 2006, e em 2008, na 29ª edição da prova, estava tudo preparado para mais uma maratona com passagem por Marrocos, Mauritânia e Mali, no seu caminho para o Senegal.
Tal como nos anos anteriores, a Praça do Império, fronteira ao mosteiro dos Jerónimos, acolheu os concorrentes e o Centro Cultural de Belém acolheu o secretariado da prova. O stress era grande, o que era habitual para quem estava habituado aos dias que antecediam a partida, mas as reuniões dos responsáveis, os segredinhos nos corredores e as caras fechadas mostravam que algo estava fora de controlo e, na noite de 4 de Janeiro, todos os participantes foram chamados ao auditório do CCB para uma reunião de emergência.
Nessa altura foi anunciado o cancelamento de uma prova que se realizava desde 1979. O alerta partira dos serviços secretos franceses e o risco de ataques à caravana era garantido. Em nome da segurança, o Lisboa-Dakar ficou em Lisboa e, pior do que isso, o continente africano e o Sahara perderam a sua grande aventura. Em 2009 o "Dakar" começou a ser disputado na América do Sul, onde se mantém ainda hoje...