A Europa vivia em ebulição no final de 1934. Hitler chegara ao poder na Alemanha e em França Maurice Thorez, dirigente comunista, apelava à formação de uma Frente Popular anti-fascismo, criando grandes convulsões laborais. A Citroën tinha acabado de lançar o inovador Traction Avant ("arrastadeira"), mas o seu sucesso não teve efeito imediato, agravando as dificuldades financeiras que perseguiam a marca fundada por André Citroën.
Por decisão governamental, o maior construtor automóveis europeu e o segundo a nível mundial (atrás da Ford) passou para a gestão da sociedade Michelin, a sua maior credora. Depois de uma sindicância às contas, Pierre Michelin, o novo "patrão", decidiu reduzir a produção e maximizar a rentabilidade, tendo dispensado oito mil trabalhadores.