As 500 Milhas de Daytona são uma das provas icónicas do Campeonato NASCAR. Os americanos vibram com este evento, que arrasta milhões ao longo de uma temporada marcada pelo hiper-profissionalismo. Mas nem sempre foi assim...
A primeira corrida de "stock-cars" teve lugar no Daytona Beach Road Corse, na Florida, promovida por Sig Haugdahl. Foram 78 voltas a um traçado de 250 milhas (cerca de 400 km), aberta a automóveis familiares, homologados pela American Automobile Association (AAA), produzidos em 1935 ou 1936.
A cidade investiu no projecto e atribuiu um prémio chorudo para o vencedor. Mas quando os vendedores de bilhetes chegaram ao local a pista estava repleta, e no final os resultados foram protestados pelos concorrentes. A cidade teve avultados prejuízos e se a decisão de acabar com o evento esteve em cima da mesa, voltou a realizar-se no ano seguinte com novos prejuízos.
Foi nessa altura que entrou em cena Bill France, um homem da competição, que se instalara em Daytona em 1934. Aliou-se a Charlie Reese, o responsável pelo clube organizador, e as ideias de um e o dinheiro do outro permitiram que a corrida entrasse na linha do sucesso.
As provas foram interrompidas durante a II Guerra Mundial, mas depois do conflito France regressou a Daytona e voltou a projectar o sucesso da corrida, apesar da morte de Reese em 1945. Graças ao seu dinamismo o projecto foi projectado em direcção aos Estados do Sul. O sucesso foi aumentando e acabou por dar origem à NASCAR, que hoje conhecemos.