O Lincoln Continental é sinónimo de luxo nos Estados Unidos. Tudo começou em 1939 com um modelo especial construído a pedido de Edsel Ford, o patrão da Ford, que queria um automóvel especial para as suas férias em Março na Florida. O carro foi realizado com base num Lincoln-Zephyer e diz-se que o desenho de Eugene T. Gregorie, o director de design, foi realizado numa hora.
Os amigos de Edsel Ford ficaram rendidos ao seu automóvel que este, em face de tanto interesse, enviou um telegrama para Detroit a dizer que poderia vender mil automóveis como aquele. A produção começou rapidamente e o primeiro Lincoln Continental ficou pronto a 13 de Dezembro de 1939. A maioria dos modelos produzidos foram cariolets e apenas alguns coupés. Com algumas alterações, este modelo foi produzido até 1948 com o seu imponente motor V12, que mais nenhum outro construtor americano utilizava.
O Continental renasceu em 1955, mas a Ford deixou claro que o novo descapotável não era um Lincoln. O Mark II estava entre o carros mais caros do mercado, mas a Ford não ganhou dinheiro com ele e em 1958 lançou uma nova versão, que foi produzida até 1961. Na década seguinte o Continental assumiu-se com um automóvel de prestígio e chegou a ser o carro do presidente dos Estados Unidos.
John Kennedy foi assassinado em Dallas quando seguia no interior de um Lincoln Continental.
Lincoln Continental do presente
Os modelos da marca mantiveram a sua imponência, embora actualmente sejam menos exuberantes. É certo que nos EUA a Lincoln ainda mantém uma imagem de prestígio, mas foi perdendo terreno não só para rivais internos, como os Cadillac da General Motors, como também para as marcas europeias.
Hoje surge equipado com um motor 3.0 litros biturbo de 400 cv e é aquilo a que os americanos chamam um modelo "mid size", nada tendo a ver com as dimensões exageradas que chegou a ter no passado.