No dia 7 de Junho de 1954, a Ford Motor Co. criou uma equipa de designers encarregue de realizar um automóvel capaz de competir com os produtos da rival General Motors, e até da Chrysler, que suplantara de forma clara a marca fundada por Henry Ford no mercado americano.
A empresa passava por convulsões internas. A família do fundador tinha perdido a hegemonia e foi estabelecido um plano estratégico para reformular o posicionamento do Grupo. O projecto "E car" era apenas uma parte da solução preconizada.
Os estudos de marketing tiveram início em 1955 e foi decidido que o novo modelo teria o nome de Edsel em homenagem a Edsel B. Ford, filho de Henry Ford, e daria origem a uma nova divisão a par da Ford, da Lincoln e da Mercury.
O modelo foi apresentado a 4 de Setembro de 1957 com o suporte de uma grande campanha publicitária que incluiu um programa de televisão (Edsel Show) a 13 de Outubro. O modelo foi comercializado por uma nova rede de concessionários, mas as vendas ficaram muito abaixo do esperado.
Em 1958 ainda foram lançados quatro variantes: o Citation e Corsair, realizados com base no Mercury, e o Pacer e Ranger com base em chassis Ford. Apesar de um nível de equipamento elevado e de várias inovações, a marca só conseguiu vender 63 110 automóveis no mercado interno e 4 935 no Canadá. A Edsel ainda sobreviveu até ao final de 1959, mas em Novembro a Ford anunciou o encerramento de uma operação que causou um prejuízo na casa de 350 milhões de dólares, o equivalente a 2,86 mil milhões de dólares na actualidade.
Foi o automóvel errado para o momento errado, e por isso o Edsel passou a ser visto como um caso de estudo e é apontado como um dos maiores flops de marketing da indústria automóvel.