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23 de Junho de 1962: o Ferrari do “padeiro”

00:01 - 23-06-2016
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No dia 23 de Junho de 1962, os Ferrari 250 GTO eram protagonistas na categoria GT à partida para as 24 Horas de Le Mans, mas no meio deles havia um modelo estranho, que os britânicos apelidaram de "breadvan" (carrinha do pão)...

Nos anos 60 as relações entre "il Commendatore" e o conde Giovanni Volpi, proprietário da "SSS Scuderia Sereníssima Republica di Venezia", não eram as melhores e Enzo Ferrrai recusou a venda de um dos novos GTO à equipa veneziana. Agastado, o conde recorreu ao engenheiro Giotto Bizarrini e ao carroçador Piero Drogo, que lhe realizaram um novo carro de competição com base no chassis de um 250 GT SWB ( chassis 2819GT). O trabalho foi realizado em tempo recorde e em Junho, por altura das 24 Horas de Le Mans, o "Breadvan" (matricula MO 6 8939) roubou muito do protagonismo ao novo GTO.

Giotto Bizarrini utilizou o chassis de um 250 GT SWB (chassis 2819GT) e adoptou as mesmas ideias que os engenheiros da Ferrari seguiram na definição do GTO, ou seja, os conceitos aerodinâmicos enunciados por Wunibald Kamm nos anos 30. O alemão já nessa altura defendia que o desenho da carroçaria tinha que oferecer pouca resistência ao ar e o desenho da traseira era fundamental. Este conceito, que ainda hoje é conhecido como Kamm tail ou K-tail, foi radicalizado no caso do "Breadvan", que foi equipado com um motor V12 NA 3.0 litros do 250 Testa Rossa ainda mais recuado do que acontecia no GTO, para garantir uma melhor repartição de massas.

A competitividade do "Breadvan" era evidente e, na longa recta da Hunaudières em Le Mans, foi mais rápido do que os Ferrari GTO oficiais e ocupava o sétimo lugar absoluto quando foi obrigado a desistir com problemas de transmissão durante a corrida.

A "SSS Scuderia Sereníssima Republica di Venezia" utilizou o "Breadvan" em inúmeras provas até 1966, altura em que o modelo foi vendido para os Estados Unidos, onde foi utilizado tanto nas pistas como fora delas, sendo sempre alvo da curiosidade geral onde surgisse, algo que ainda hoje acontece quando aparece nos meetings reservados a automóveis históricos, mesmo no Festival anual de Goodwood, onde costumam marcar presença em verdadeiras raridades cheias de história.

Quem o conduziu afirma que é um carro fácil de conduzir até às 4.500 rpm, mas a partir desse regime o seu temperamento altera-se radicalmente, já que toda a força dos seus cerca de 300 cv surge repentinamente, sendo difícil de controlar.
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