17 de Setembro de 1964: Estreia de “007 Goldfinger”

"Goldfinger", o terceiro filme da saga 007, estreou a 17 de Setembro de 1964 nos EUA e, se Sean Connery foi cabeça de cartaz, o escocês não retirou protagonismo ao Aston Martin DB5, que a partir daí assumiu o estatuto de carro de serviço do mais famoso espião do mundo.

No enredo original dos livros de Ian Flemming, o espião surgia ao volante de um Bentley Mark IV de 1933 – uma referência que terá sido inventada pelo escritor, porque nunca existiu um modelo com esse nome. Para além disso, os automóveis de 007 estão sempre recheados de armadilhas e armas letais que surpreendem os adversários. No entanto, nos livros originais, James Bond limitava-se a ter uma pistola escondida no tablier.

Seja como for, o Aston Martin DB5 de 1963 ficou como o "carro de serviço" de James Bond. Foi estreado por Sean Connery em "Goldfinger" (1964) e voltou a aparecer em "Thunderball" (1965), sendo conduzido por George Lazenby (1969) no filme "Ao Serviço de Sua Majestade" e em 2015 em "Spectre". Mas houve outros: em "Dr. No", o primeiro filme da saga, 007 partiu para a Jamaica à procura de um agente desaparecido, tendo utilizado um Sunbeam Alpine. Em 1977 surgiu ao volante de um Lotus Esprit S1, que se transformava em submarino em "The Spy Who Loved Me" e, entre 1995 e 1999, traiu a indústria britânica ao utilizar modelos da BMW. Para os mais puristas foi uma heresia, mas para os produtores significou um grande encaixe económico, porque tudo o que aparece nos filmes custa dinheiro e quem quer mostrar os seus produtos paga bem...

Em 2006 a Aston Martin retomou a ligação a 007, quando Daniel Craig surgiu no "Casino Royale" com o velho DB5, embora em "Quantum of Solace" (2008) tenha estreado um DBS. Apesar da aproximação à Bentley, a Aston Martin manteve-se como fornecedora oficial de James Bond e até preparou um protótipo especial – o DB 10 – que nunca será produzido, apesar ter surgido em "Spectre".