John Young Stewart, mais conhecido por Jackie Stewart, garantiu no GP de Itália de 1965 a primeira das suas 27 vitórias na F1.
A sua carreira começou tarde. Em 1960, quando falhou a qualificação para os Jogos Olímpicos, o tiro perdeu um atleta de elite e o desporto automóvel ganhou um campeão. Começou a competir na categoria GT com a Ecurie Ecosse e o seu talento levou-o à equipa Lotus, onde se afirmou na F2 e F3, antes de chegar à F1 com a BRM em 1965.
Foi a grande revelação da temporada e, para além da vitória em Monza, garantiu o terceiro lugar no Mundial de Pilotos. O segundo ano na BRM não foi tão positivo: apesar de uma vitória no Mónaco, o campeonato de 1967 não deixou boas memórias.
Em 1968 o escocês rumou para a equipa de Ken Tyrrell, que na época utilizava os Matra. Conquistou três vitórias e terminou a temporada em segundo lugar, atrás de Graham Hil.
Ken Tyrrell decidiu trocar o motor Matra pelo Ford Cosworth e a escolha acabou ser acertada. Em 1969 Jackie Stewart ganhou seis corridas e conquistou o seu primeiro título de Campeão do Mundo. Tudo correu bem com a troca de motores, mas a passagem do chassis March retirou competitividade à equipa e o melhor que o escocês conseguiu foi uma vitória no GP de Espanha de 1970. Mas tudo mudou rapidamente quando a equipa decidiu criar o seu próprio chassis. Jackie Stewart ganhou seis da 11 provas da temporada de 1971 e averbou o segundo título.
O ano seguinte foi muito mais competitivo e, se na segunda metade do ano o escocês voltou a fazer diferença, o atraso inicial não permitiu recuperar face a Emerson Fittipaldi e ao Lotus.
O brasileiro reafirmou a candidatura ao bi-campeonato no início de 1973. Começou a ganhar, mas Jackie Stewart assumiu o controlo das operações. Somou cinco vitórias e garantiu o terceiro titulo mundial.
No final do ano, o escocês decidiu retirar-se da competição. Foi uma decisão maturada ao longo de meses e nem sequer alinhou naquele que seria o seu 100º Grande Prémio. O amigo François Cevert perdera a vida nos treinos e Jackie Stewart faltou à partida. Antes, e mesmo depois de se afastar dos Grandes Prémios, assumiu sempre uma voz activa em nome da segurança dos pilotos e essa sua postura ajudou a que muito se alterasse na F1.
Foi comentador de TV, conselheiro da Ford Motor Co. e com a ajuda da marca americana chegou a criar, em parceria com o filho Paul Stewart, a sua própria equipa de F1, que acabou por ser vendida à Jaguar.