Jacques Joseph Villeneuve teve uma carreira ao contrário do que é habitual. Começou por vencer as 500 Milhas de Indianápolis e o Campeonato Indy (1995) e trocou os EUA pela Europa para ingressar na Fórmula 1 com a Williams. Em 1996 esteve perto do título, que conquistou no ano seguinte.
É um dos poucos que se podem gabar de terem vencido a F1, a "Indy" e as 500 Milhas de Indianápolis, apesar de ter chegado aos automóveis muito tarde. Em jovem começou por percorrer o Canadá e os EUA na companhia de Joann, a mãe, e Mélanie, a irmã, acompanhando Gilles Villeneuve. A família nunca se separou nem quando o canadiano chegou à Ferrari.
Quando Gilles Villeneuve morreu nos treinos para o GP da Bélgica de 1982, Jacques ingressou num colégio interno na Suíça. Pareceu sempre mais interessado pelo esqui do que pelos automóveis, apesar de marcar presença na pista de karting de San Marino. Apoiado pelo tio, também chamado Jacques, frequentou a escola de condução de Jim Russel. Em 1989 participou em algumas provas de fórmulas de promoção em Itália, mas nunca saiu do anonimato.
Passou pelo campeonato japonês de F3 antes se mudar para os EUA, onde se destacou na Formula Atlantic, chamando a atenção de equipas da "Indy". Em 1994 estreou-se e terminou no 6º lugar como melhor estreante e no ano seguinte chegou ao título.
Ter o filho de Gilles Villeneuve na F1 foi uma grande manobra de marketing, e Jacques aceitou o convide da Williams. Tudo correu melhor do que se esperava em termos de resultados. Depois decidiu aliar-se ao projecto BAR-Honda, mas a equipa nunca chegou a ser competitiva e a motivação de Jacques Villeneuve caiu a pique. Passou a ser mais falado pelas suas declarações bombásticas do que pelos resultados na passagem pela Renault e Sauber.