4 de Agosto de 1975: Adeus ao Nuova Fiat 500

No dia 4 de Agosto de 1975 saiu da linha de montagem da fábrica SicilFiat, em Termini Imerese, Palermo, o último modelo do Nuova Fiat 500, que pode ser visto como o sucessor do "Topolino" (o velho 500) produzido entre 1936 e 1948. Os dois modelos foram realizados pelo engenheiro Dante Giacosa. O primeiro nasceu da exigência do ditador Benito Mussolini, que alertou o senador Agnelli, patrão da Fiat, da "irrevogável necessidade de motorizar Itália". O "Nuova 500" surgiu como uma resposta às exigências do mercado. As semelhanças entre os dois modelos ficaram pelas dimensões compactas. O "Nuova" surgiu com um motor de 479 cc colocado em posição traseira, para permitir garantir quatro lugares com apenas 1,84 metros de distância entre-eixos e tinha soluções inovadoras, como uma suspensão independente e uma carroçaria realizadas com folhas de aço prensadas, uma solução que veio a generalizar-se a nível global.

O modelo podia surpreender pelas dimensões compactas, mas é um excelente exemplo de design. Não havia cromados nem grelhas inúteis. Tudo foi pensado para garantir a máxima funcionalidade. O 500 evoluiu ao longo dos anos e chegou a ter versões como a carrinha "Giardiniera", mas nunca perdeu a sua identidade.

Ao longo de 18 anos foram produzidas 3.893.294 unidades e foi um modelo que marcou gerações em Itália e na Europa.
Desapareceu do mercado, mas as memórias ficaram. Por isso, foi natural que a Fiat tenha recuperado a imagem do passado com o modelo que apresentou em 2007, numa altura em que a nostalgia era uma argumento de design. Foi uma aposta certeira, porque, nove anos depois, o novo 500 (não confundir com o "Nuova 500") continua a ser um best-seller.