Louis Chiron morreu a 22 de Junho de 1979 em Monte Carlo, onde nasceu a 3 de Agosto de 1899. Foi um dos grandes pilotos dos anos 30 do século passado e faz sentido que a Bugatti tenha escolhido o seu nome para
baptizar o super-desportivo que apresentou no Salão de Genebra de 2016. Depois de recordar [Pierre] Veyron, um engenheiro, director desportivo e piloto dos tempos de Ettore, a marca evoca um piloto marcante na sua história desportiva.
O monegasco foi um piloto de sucesso e o seu nome está intimamente ligado à Bugatti. Filho de um chefe de mesa perdeu a mãe muito jovem. Viveu com o avô, mas numa visita ao pai conheceu uma aristocrata russa que tomou conta da sua educação. Aos 15 anos aprendeu a conduzir com o chauffeur da sua benfeitora e durante a Grande Guerra conduziu os carros do Estado Maior francês, nomeadamente o do marechal Pétain. Depois da guerra abriu uma oficina e conheceu Ernst Friederich, um antigo piloto e concessionário da Bugatti em Nice, que lhe abriu as portas da competição e o acesso a Ettore Bugatti.
Depois conheceu Alice, a mulher do herdeiro do grupo famacêutico Hoffman-La Roche que, seduzido pelo talento de Chrion, adquiriu um Bugatti 35 para este poder competir. Os resultados foram imediatos e em 1928, com 29 anos, Louis Chiron era piloto oficial da Bugatti.
A sua carreira de sucesso só foi interrompida pela II Guerra Mundial. É uma lenda no Mónaco, onde nasceu, e onde é recordado num busto que surge junto ao porto. Depois da guerra regressou à competição com os Talbot-Lago, Ferrari, Maserati e outros, mas só voltou à primeira página dos jornais quando acusou Hellé Nice (ex-piloto) como antiga agente da Gestapo. Poderia ser natural na época, mas Chiron tinha integrado a equipa Mercedes, um veículo de propaganda do partido nazi, onde o seu rival René Dreyfus não fora aceite pelas suas origens judaicas....