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14 de Janeiro de 1986: morreu Thierry Sabine

00:02 - 14-01-2017
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O Rali Paris-Dakar, que hoje é apenas o "Dakar" e está a correr na América do Sul, longe das suas origens, tem por origem uma lenda que deve ser vista como um grande argumento de marketing. Diz-se que a prova foi imaginada por Thierry Sabine, perdido no deserto ao sul da Líbia, durante o Rali Abidjan-Nice, organizado por Jean-Claude Bertrand.

Que ele se perdeu no deserto vizinho do mítico Ténéré não há dúvidas, e também é seguro que a aventura podia ter terminado mal porque foi resgatado já em grande debilidade. Mas Thierry Sabine, nascido em 1949 no seio de uma família da alta burguesia francesa, cedo mostrou uma grande apetência pelo desporto, especialmente o hipismo. Trocou os cavalos (onde chegou a integrar a selecção júnior francesa) pelo rugby e em 1969 descobriu os desportos motorizados, ao mesmo tempo que estudava marketing e comunicação.

No final dos anos 70, França vibrava com os grandes ralis africanos e o Rali Abidjan-Nice disputado em 1977 foi um sucesso que levou Jean-Claude Bertrand a sonhar demasiado alto. Equacionou um conjunto de provas que se sucedessem anualmente nos cinco continentes, apostando em partir para os Estados Unidos. Chamou a este projecto 5x5, mas a ideia nunca teve grande acolhimento.

Era a janela de oportunidade esperada por Thierry Sabine, que no Inverno de 1979 resolveu criar a sua corrida de todo-o-terreno em África. A ideia inicial apontava para uma maratona entre Dakar e a Cidade do Cabo, para se afastar da ideia que tinha presidido à criação do Abidjan-Nice, mas as dificuldades eram tantas, que acabou por aceitar a sugestão de Fenouil, um reputado motard do deserto, que avançou com a alternativa Paris-Gao-Dakar, "na rota de uma travessia que eu já tinha efectuado", como recorda Fenouil no seu livro "L’Envers du Décor". Mas o percurso da primeira edição disputada em 1979 acabou por ser Paris-Alger-Dakar.

A prova transformou-se num sucesso mediático e tornou-se cada vez mais dura e difícil. Em 1986 o percurso atravessou a Argélia, Mali e Alto Volta (hoje Burkina Fasso), antes de chegar ao Senegal. Na altura ainda não havia GPS e a navegação era feita com cartas militares e bússolas e muitos concorrentes perdiam-se ao longo do percurso, o que era mais complicado no meio das frequentes tempestades de areia. Foi o que aconteceu entre Gao e Gurma Rharous, no Mali, ao fim da tarde de 14 de Janeiro de 1986.

Mesmo assim, Thierry Sabine deu ordem ao seu helicóptero para descolar cerca das oito da tarde e partir à procura de um grupo de concorrentes perdido. A visibilidade era muito reduzida e o helicóptero embateu numa duna a cerca de 10 km de Gurma. No acidente perderam a vida Thierry Sabine e quatro dos seus acompanhantes.

Com estas mortes nasceu outra lenda: o criador do Dakar tinha dito à partida de Paris que "sinto que se vai passar alguma coisa este ano. A prova terá uma dimensão dramática"...
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