A Mercedes apresentou o coupé C111-II no Salão Automóvel de Genebra de 1979, mas ficou para a história como o super-desportivo que nunca chegou ao mercado.
Impressionara no Salão de Frankfurt de 1969 com as linhas originais e desportivas de uma carroçaria em fibra de vidro, assinada por Bruno Sacco, e abriu muitos apetites com um motor rotativo Wankel com 280 cv. Pouco meses depois chegou a Genebra com uma evolução desse bloco com 350 cv. Podia chegar aos 100 km/h em 4,8 segundos e atingir os 300 km/h, valores fora do habitual na época.
Mas o C111 foi o carro errado num momento pouco adequado a este tipo de veículos. No final dos anos 60 os motores rotativos Wankel foram vistos como um trunfo para os grandes desportivos do futuro, mas a escassez de combustíveis num planeta a braços como os conflitos no canal do Suez obrigou a alterar a forma de olhar para o automóvel em geral e para os desportivos em particular.
Por isso o C111 foi direccionado para o mundo dos diesel com o C111-III, equipado com um bloco de cinco cilindros com 3.0 litros de cilindrada com 190 cv de potência, que chegou a debitar 230 cv.
Estes modelos acabaram por ganhar notoriedade como veículos de testes e garantiram vários recordes. Depois, sem a glória que o seu potencial e imagem mereciam, passaram à história. Mas a memória perdura no Museu da Mercedes, em Estugarda