A BMW comprou a Rolls Royce depois de um processo negocial particularmente complicado. Quando a Vickers colocou à venda a mais prestigiada marca de automóveis do mundo, a marca bávara pareceu desde logo o comprador mais lógico. Os alemães já forneciam os motores e outros componentes para os Rolls Royce e Bentley.
A BMW terá feito uma proposta de 340 milhões de libras, mas o Grupo VW entrou na corrida e ofereceu 430 milhões de libras. E, quando parecia que os pratos da balança se inclinavam para o lado de Wolfsburgo, entrou em cena a Rolls Royce plc, construtores dos motores de aviação, que tinha direito à utilização do nome Rolls Royce e ao logo da marca, em caso de venda da divisão automóvel.
A Rolls Royce plc decidiu licenciar a utilização do nome e do logótipo à BMW, apesar do Grupo VW já ter adquirido os direitos de utilização do "Spirit of Ecstasy", a estatueta que surge no vértice da grelha de todos os Rolls Royce, e as negociações entraram num impasse. Os bávaros terão pago 40 milhões de libras pelo nome e pelo logo, uma verdadeira "pechincha".
O impasse só foi ultrapassado quando o Grupo VW abriu mão da Rolls Royce para se concentrar na Bentley. Mesmo assim, entre 1988 e 2002 assumiu a produção das duas marcas com motores fornecidos pela BMW, uma situação que só se alterou a 1 de Janeiro de 2003, altura em que a BMW assumiu a Rolls Royce.