Nikolaus August Otto é o grande responsáveis pelos motores de combustão interna que ainda hoje utilizamos. Nasceu a 10 de Junho de 1832 em Holzhausen an de Haide, na Alemanha. Foi vendedor de produtos alimentares mas também uma personagem muito atenta ao mundo que o rodeava, dedicando grande atenção ao desenvolvimento de motores alimentados a vapor de água e a gás, com destaque para o trabalho do francês Étienne Lenoir, mas também de Alphonse Beau Rochas, que registou a primeira patente de um motor a quatro tempos.
Associou-se ao industrial Eugen Langen, que acreditou no seu trabalho, e criou a N.A. OTTO & Cia. (1864), uma empresa que está na origem da actual Deutz AG., que mostrou um motor de combustão interna na Exposição Mundial de Paris de 1867, onde foi premiado com uma medalha de ouro. Este motor foi a concretização prática da teoria avançada por outros e, talvez por isso, o ciclo de Otto passou a ser sinónimo do motor a quatro tempos, definindo o funcionamento dos motores de combustão interna:
1- Admissão
2- Compressão
3- Expansão
4- Explosão
1-
Na ADMISSÃO a válvula de entrada está aberta e a de escape (saída) fechada. O pistão move-se para aumentar o volume da câmara de combustão e a mistura ar/combustível entra sob pressão.
2-
Na COMPRESSÃO as válvulas de admissão e escape estão fechadas e o êmbolo pressiona a mistura ar/combustível. A pressão aumenta e o volume da mistura é reduzido.
3-
Na IGNIÇÃO as válvulas continuam fechadas. O êmbolo sobe e a vela solta uma faísca, que vai detonar a mistura combustível. Essa processo liberta a energia térmica, que é transformada em energia mecânica. O aumento da pressão obriga o êmbolo a recuar...
4-
ESCAPE é o momento em que o êmbolo chega à posição mais baixa (maior volume da câmara) e a válvula de escape é aberta, permitindo que os gases sejam expelidos.