
















A Mitsubishi "ataca" em força a electromobilidade com o novíssimo Eclipse Cross Electric, num esforço bem concretizado para diferenciar-se do Renault Scénic… pelo menos por fora!
E em boa hora o fez porque o SUV compacto partilha grande parte da base mecânica do "irmão" francês, logo patente na plataforma CMF-EV.
O modelo deverá começar aos concessionários europeus antes do final do ano com uma bateria de 87 kWh para mais de 600 quilómetros entre recarregamentos, seguindo-se em 2026 uma opção com uma autonomia mais curta.
A Mitsubishi volta a beneficiar da parceria com a marca do losango para renovar toda a gama automóvel: depois dos Colt, ASX e Grandis, é agora a vez do Eclipse Cross Electric que, no visual, pouco ou nada tem a ver com o Renault Scénic.
Essa ideia percebe-se logo na área frontal, desenhada segundo a linguagem Dynamic Shield já vista naqueles modelos, com as ópticas LED refinadas, aliadas à respectiva assinatura luminosa, a distingui-lo no meio do trânsito.
O perfil (pouco) difere do compacto francês, mesmo se ganha frisos cromado em preto nos vidros, o mesmo acontecendo com o desenho hexagonal da traseira.
Jantes em liga leve de 19 polegadas completam esta proposta assumidamente familiar, como confirmam os seus 4,47 metros de comprimento por 1,86 de altura e 1,57 de altura.
A nova personalidade do Eclipse Cross eléctrico é ainda menos óbvia a bordo, ao decalcar o desenho já muito bem inspirado do Scénic; exceptua-se o logótipo da Mitsubishi no volante e as costuras em forma de diamante nos bancos.
O espaço para cinco ocupantes é generoso, como permitem os 2,79 metros que separam os dois eixos, com a bagageira a chegar aos 478 litros de capacidade, que sobem até aos 1.670 com os bancos traseiros rebatidos.
O posto do condutor comporta o painel de instrumentos de 12,3 polegadas, alinhado com o ecrã multimédia OpenR de 12 polegadas com Google integrado, com os respectivos benefícios que isso traz em termos de navegação e assistência.
Para quem pretenda utilizar o telefone para aceder aos seus conteúdos digitais móveis, o Apple CarPlay e o Android Auto estão disponíveis sem fios,
Boa notícia são os comandos da climatização permanecerem físicos, assim como o botão à esquerda do volante para desactivar os auxiliares intrusivos à condução.
A beneficiar o SUV compacto nesta primeira fase de lançamento está um motor eléctrico de 160 kW (218 cv) e 300 Nm, apoiado numa bateria de 87 kWh para mais de 600 quilómetros de autonomia, conforme avança a Mitsubishi.
Recarregável a uns máximos 150 kW em corrente contínua, tem como auxiliar uma bomba de calor e um aquecedor PTC em todas as versões.
Os arranques dos zero aos 100 km/hora cumprem-se em 8,4 segundos para uma velocidade de ponta de 170 km/hora, com o baixo centro de gravidade a beneficiar a estabilidade e o desempenho em curva.
Através do sistema Multi-Sense, é possível alternar entre os modos Eco, Normal, Sport e Perso, enquanto a intensidade da travagem regenerativa pode ser controlada em quatro níveis através das patilhas no volante.
No campo da segurança e apoio ao condutor, pode contar-se até 20 sistemas avançados de assistência apoiados em 12 sensores ultra-sónicos, quatro câmaras e um radar.
Os primeiros exemplares do Mitsubishi Eclipse Cross poderão começar a chegar aos concessionários do Velho Continente antes do final deste ano, ficando por saber o seu preço.
Em 2026 chegará uma variante para médias distâncias, que muito provavelmente deverá comportar o motor de 125 kW (170 cv) e 280 Nm do Scénic eléctrico, alinhado com o acumulador de 60 kWh para distâncias até 430 quilómetros.
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