Nem dois anos passaram sobre o lançamento e o Mitsubishi ASX já ganhou uma renovação que vai muito para além da estética.
O novo visual separa-o do Renault Captur de que descende, pelo menos na área frontal, ganhando uma presença mais afirmativa na estrada, e, pelo meio, ganhou mais apoios à condução.
Com as tecnologias de infoentretenimento e de apoio à condução reforçadas, resta agora saber se estas mudanças fazem do crossover uma proposta mais desejável.
O Aquela Máquina já o levou para a estrada, na variante de 90 cv, com o acabamento Launch Edition e as impressões dele retiradas são bem positivas.
Estreadas que estão as formas e as opções motrizes do renovado Renault Captur, era uma questão de tempo até o Mitsubishi ASX seguir-lhe os mesmo passos… e deixar de ser apenas um clone do modelo de que deriva.
O crossover ganhou um novo visual segundo os mesmos códigos de estilo dos outros modelos que compõem a gama actual da insígnia japonesa, e viu reforçada as tecnologias de infoentretenimento e de apoio à condução.
A definir a frente está a grelha Dynamic Shield, que é já imagem de marca da insígnia nipónica, com as novas luzes diurnas em forma de bumerangue nas extremidades do pára-choques.
Parece coisa de pouca monta mas dá-lhe logo uma personalidade muito mais distinta ao olhar, mesmo se a evolução estilística se fica por aqui.
Com efeito, as laterais e a traseira mantêm-se iguais às do antecessor, podendo ainda dispor de jantes de 17 ou 18 polegadas segundo o nível de acabamento.
Sem que as suas cotas tenham sido alteradas, é afirmada uma capacidade de carga de 332 litros na bagageira, que pode subir até aos 401 litros quando deslizado o banco traseiro para a frente até uma distância de 16 cm.
Uma rápida vista de olhos ao interior parece indicar que tudo se mantém igual, com o ecrã multimédia de dez polegadas a dominar o ambiente.
A diferença está mesmo no sistema de infoentretenimento, mais rápido e intuitivo, e com mais serviços da Google como o Google Assistant ou o Google Maps.
Sendo a entrada de gama, a versão Launch Edition, baseada no acabamento Kaiteki, oferece um conforto muito razoável, principalmente para quem viaja atrás
E agora é tempo de levar para a estrada o Mitsubishi ASX e perceber o que valem os 90 cv e 160 Nm debitados pelo conhecido bloco turbo 1.0 MPi-T a gasolina que dá entrada à gama com a caixa manual de seis relações.
Só tem 90 cv de potência mas, como no antecessor, mostram-se mais do que suficientes para um uso quotidiano na cidade ou em estrada aberta.
O conforto é de bom nível para um crossover com as suas características, apoiado por uma suspensão efectiva que apenas nos pisos mais degradados se ressente ou quando se adopta uma postura mais atlética.
É apenas uma ironia porque a condução é mais racional do que emotiva: só mesmo a engrenar as mudanças na caixa manual de seis relações é que dá algum gozo mais "desportivo".
Não é um campeão dos semáforos mas também não é dos mais lentos na cidade: no uso diário faz muito bem o seu trabalho, e em estrada aberta conseguem-se consumos equilibrados na casa dos 6 litros por cada 100 km.
Há quem prefira a auto-estrada mas, para quem gosta de conduzir, é nas nacionais que se percebe o que um carro vale.
Sente-se um bom equilíbrio entre conforto e agilidade, com a direcção a ser suave e precisa, e, sendo um tracção dianteira, não se sente uma subviragem excessiva nas curvas graças à estabilidade bem controlada.
Não fosse a posição de condução ser demasiado elevada e limitada por um leque insuficiente de ajustes, e tudo correria pelo melhor.
A apoiar a condução do ASX estão os mais recentes auxiliares impostos pela Comissão Europeia com a regulamentação GSR2.
Pequenos erros ao volante são logo chamados à ordem com alertas sonoros demasiado intrusivos… mas que podem ser rapidamente personalizados ou mesmo desactivados no botão à esquerda do volante.
Uma certeza é que o visual mais personalizado, aliado a consumos equilibrados, fazem deste Mitsubishi ASX uma proposta a ter em conta nos SUV compactos.
Esta versão Launch Edition de 90 cv, derivada do acabamento Kaiteki, custa 24.600 euros mas baixa para os 23.008 euros na campanha de lançamento.
Mais apetecível poderá ser a variante GPL de 100 cv para melhor controlar os consumos, proposta por 25.700 euros mas reduzidos aos 24.208 com a mesma promoção.
Com boas e objectivas qualidades mas sem nenhum ponto excitante para quem goste duma condução mais aguerrida, os descontos oferecidos pela marca poderão ter um papel importante na decisão de compra.
Motor / Equipamento | Kaiteki | Shogun |
1.0 MPi-T 90 cv 6 MT | 24.600 euros / 23.008 euros (campanha) | 25.600 euros / 24.208 euros (campanha) |
1.0 MPi-T BiFuel 100 cv 6 MT | 25.700 euros / 24.208 euros (campanha) | x x x x x x x x x x |
1.3 DI-T MHEV 140 cv 6 MT | x x x x x x x x x x | 27.700 euros / 26.508 euros (campanha) |
1.3 DI-T MHEV 160 cv 7 SST | x x x x x x x x x x | 30.600 euros / 29.108 euros (campanha) |
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