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Sinistralidade: menos mortos e acidentes até Abril

13:26 - 08-07-2021
 
Sinistralidade: menos mortos e acidentes até Abril

Foram registados 6.515 acidentes com vítimas e 74 mortos nos primeiros quatro meses deste ano, a que se somaram 444 feridos graves e 7.360 ligeiros. 

São menos 1.128 sinistros com vítimas e menos 24 vítimas mortais, do que em igual período de 2020. 

Os dados foram esta quinta-feira revelados no relatório de sinistralidade e fiscalização da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). 

Redução nos acidentes 

Os dados da ANSR avançados pela agência Lusa revelam uma melhoria nos principais indicadores de sinistralidade em relação ao período homólogo de 2010. 

Verificaram-se menos 1.128 acidentes com vítimas (-14,8%), menos 24 vítimas mortais (-24,5%) menos 26 feridos graves (-5,5%) e menos 1.643 feridos ligeiros (-18,2%). 

"Se compararmos com o período homólogo dos anteriores cinco anos (2016 a 2020)", indica o relatório, "verificou-se uma melhoria superior à verificada quando comparada com o ano anterior". 

Registaram-se menos 32,6% de vítimas nos acidentes, menos 42,7% de vítimas mortais, menos 22,9% de feridos graves e menos 36,6% de feridos leves. 

A maior parte dos acidentes deveu-se a colisão (51,1% com vítimas), apesar de ter estado apenas na origem de 32,4% das vítimas mortais. 

Os despistes, que representam 36,2% do total de acidentes, foram responsáveis por 45,9% das mortes e 42,6% dos feridos graves. 

No que diz respeito ao tipo de via, o relatório indica que nos arruamentos (67% do total de acidentes) as vítimas mortais reduziram 13,2%, ao passo que os feridos graves aumentaram 14,6%. 

Nas estradas nacionais, onde ocorreram 16,5% dos acidentes, verificaram-se diminuições de 32,3% e 28,9%, respectivamente, nas vítimas mortais e feridos graves. 

De acordo com o relatório, 67,6% do total de vítimas mortais eram condutores, 6,8% passageiros e 25,7% correspondiam a peões. 

"Em termos de variação homóloga, destacou-se a redução de 70,6% nas vítimas mortais com perfil de passageiro, sendo ainda de referir, nas vítimas mortais, as diminuições de 17,4% no caso de peões e de 13,8% nos condutores, correspondendo a menos 12, menos quatro e menos oito vítimas mortais que em 2020, em cada qual dos casos". 

Ligeiros representam 2/3 dos sinistros

Em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros constituíram 71,5% do total, com uma redução de 18,3% relativamente ao período homólogo. 

Verificou-se ainda uma redução de 15,5% dos automóveis pesados e de 11,2% dos ciclomotores e motociclos. 

Entre Janeiro e Abril, 54,1% do número de vítimas mortais registou-se na rede rodoviária sob responsabilidade de seis gestores de infra-estruturas. 

A "tabela" é liderada pela Infraestruturas de Portugal (32,4%), Brisa (5,4%) e municípios de Alcobaça, Santa Maria da Feira, Sintra e Vila Nova de Gaia (4,1% para cada). 

O relatório refere também que foram fiscalizados 36,2 milhões de veículos, presencialmente e através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado uma diminuição de 5,8% em relação ao mesmo período de 2020. 

"Esta diferença foi reflexo de uma redução de 0,6% na fiscalização por parte da GNR e PSP em conjunto, bem como de uma redução de 6,6% no sistema de radares SINCRO gerido pela ANSR, consequência da redução da circulação devido ao confinamento obrigatório", revela ainda o relatório. 

Infracções em baixa 

Nestas acções foram detectadas 356,6 mil infracções, o que representa uma diminuição de 21,2% face ao período homólogo do ano anterior. 

A taxa de infracção (número total de infracções /total de veículos fiscalizados) foi de 0,99%, uma redução de 16,4% face à taxa de 1,18% registada em 2020. 

Segundo o relatório, verificou-se uma diminuição em algumas tipologias de infracções, com 55,9% do total registado neste período referente ao excesso de velocidade. 

Realçam-se as transgressões por consumo de álcool acima do limite legal (-44,2%) e por excesso de velocidade (-30,3%). 

No entanto, registou-se um aumento nas infracções pela ausência de inspecção periódica obrigatória (+75,8%), pelo não uso de cinto de segurança (+29,5%), uso do telemóvel (+20,1%) e pelo não uso de sistemas de retenção (+28,4%). 

Quanto ao excesso de velocidade, a taxa de infracção (número total de infracções de velocidade/veículos fiscalizados por radar) reduziu 25,8%, de 0,8% entre janeiro e abril para 0,6% registado no período homólogo. 

No que diz respeito à condução sob o efeito do álcool, entre Janeiro e Abril foram submetidos ao teste 488 mil condutores, o que representa um aumento de 10,4% comparativamente a 2020. 

A taxa de infracção (número total de infracções por testes efectuados), no entanto, diminuiu 49,4%, de 1,6% nos primeiros quatro meses de 2020 para 0,8% em igual período de 2021. 

Criminalidade rodoviária subiu 

A criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, aumentou 14,7% em comparação com o mesmo período de 2020, atingindo 7,5 mil condutores. 

Mais de metade das detenções (54,5%) deveu-se à falta de habilitação legal para conduzir, com um aumento de 76,9% destes casos em relação ao verificado entre Janeiro e abril de 2020. 

Quanto ao sistema da carta por pontos, desde a sua entrada em vigor até ao final de Abril de 2021, 1.450 condutores ficaram com o seu título de condução cassado e 263,8 mil condutores perderam pontos na carta de condução. 

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