Foi uma das grandes sensações da edição deste ano do Concorso d’Eleganza Villa d’Este, que aconteceu no último fim de semana nas margens do Lago di Como, em itália.
Apresentado originalmente em 1970, no Salão Automóvel de Genebra, o BMW Garmisch Concept desenhado por Marcello Gandini representou, na altura, um tributo da Bertone à insígnia alemã.
O automóvel é também um dos melhores exemplos da qualidade estilística que o design automóvel italiano atingiu no final da década de 60, para o qual Gandini, como diretor-geral da empresa, contribuiu de forma decisiva.
"Quisemos criar um coupé que fosse fiel à linguagem estilística da BMW, mas que também fosse mais dinâmico e até mesmo mais provocante."
Infelizmente, este protótipo desapareceu logo depois de ser apresentado e nunca ninguém voltou a vê-lo. É um mistério que ainda hoje ninguém consegue explicar, nem mesmo a BMW. Para a história, restam apenas cinco fotografias e os apontamentos técnicos do modelo original.
Foi apoiado nesse material que os engenheiros da marca germânica conseguiram construir o novo ‘concept car’ para apresentarem em Villa d’Este.
O Garmisch Concept surge como uma reinterpretação futurista do estilo clássico daquela década, com um perfil lateral limpo de curvas estilísticas. Quem o vê de frente, no entanto, fica impressionado com a grelha do motor.
O aro duplo que simboliza a insígnia da marca é espremido e esticado para criar um visual mais vertical, flanqueado por dois pares de faróis quadrados. Os vidros laterais realçam os pilares da carroçaria e uma rede em favo de mel cobre o vidro traseiro, que é também uma marca identificadora do estilo imprimido por Gandini.
O habitáculo, revestido a couro branco e com inserções de madeira e plástico preto dão um elegante tom minimalista a todo o conjunto, rematado por um autorrádio original que enfatiza toda a singularidade desse conceito.