Fiat Grande Panda Hybrid: divertido e eficiente no dia a dia

Numa altura em que uma fatia cada vez mais larga de compradores se queixam dos preços elevados dos novos automóveis, o Grande Panda Hybrid é a resposta da Fiat à procura crescente por compactos urbanos acessíveis.

"Primo" do Citröen C3 votado Carro do Ano 2025 no nosso país, com quem partilha grande parte da mecânica micro híbrida de 48 volts, esta proposta ostenta um visual distinto segundo uma filosofia muito própria.

O Aquela Máquina já o levou para a estrada e confirmou as qualidades deste carro, com os quatro metros que tem de comprimento a confirmar que tem as medidas exactas para sentir-se como peixe na água no trânsito urbano,

Não é apenas esse trunfo que se destaca porque os estilistas italianos esmeraram-se em dar-lhe um visual jovem e ousado, recheado de pormenores divertidos.

Sejam os faróis pixelizados a darem-lhe um tom bem futurista, seja o nome gravado nas portas em homenagem ao modelo original, agora rebaptizado como Pandina, o Grande Panda recusa-se a passar despercebido.

E em boa hora o fez porque o seu estilo fica tão bem à porta dum hotel de charme como no centro duma típica aldeia portuguesa.

Jovial quanto baste

A originalidade prossegue a bordo, mesmo sendo evidente o esforço feito para reduzir os custos ao máximo neste La Prima topo de gama.

É certo que os materiais em plástico rijo parecem baratos ao toque mas até a versão de entrada apresenta um alegre tom azul contrastado por detalhes em amarelo vibrante.

A decoração pode não ser do agrado de todos mas é de certeza bem mais original do que a monótona combinação entre preto e cinzento que decora o habitáculo da maioria dos carros.

E depois é o conforto muito razoável para quatro pessoas, ao ponto de quase fazer deste Grande Panda Hybrid um carro de família; os mais de 410 litros de capacidade do porta-bagagens assim o confirmam!

O ambiente divertido prossegue nas molduras amarelas à volta dos ecrãs da instrumentação e do multimédia, assim como da consola central, a replicar a pista de ensaios no topo da antiga fábrica Lingotto.

Nos encostos dos bancos ressalta a frase Panda Feito com Amor pela Fiat… e esse lema não poderia ter sido melhor escolhido.

O ambiente acolhedor é completado por vários espaços para guardar pequenos objectos, sem esquecer a boa ergonomia do sistema de infoentretenimento, com acessos claros e precisos.

Desembaraçado na cidade…

Motorizado pelo bloco turbo de 1.2 litros apoiado por um propulsor eléctrico e uma pequena bateria para uns combinados 110 cv e 205 Nm, o Grande Panda Hybrid tem uma condução muito satisfatória na cidade ou na estrada.

As acelerações são modestas, é certo (dez segundos dos zero aos 100 km/hora), mas são mais do que suficientes para o dia a dia, a que se soma uma caixa automática eDCT de seis velocidades com relações curtas solícitas.

A condução é precisa quanto baste no meio do trânsito lisboeta, mas a direcção podia ser mais comunicativa. Positivo é o trabalho da suspensão a travar os balanços laterais sem martirizar demasiado o conforto a bordo.

Os consumos são equilibrados para um sistema motriz deste calibre, com a média a ser inferior a 5,5 litros/100 km em ensaio misto, embora no tráfego urbano mais congestionado não seja fácil travá-los abaixo dos sete litros.

Não ajuda muito para estes números a baixa capacidade da bateria, com os líquidos 0,43 kWh a permitirem apenas a movimentação 100% eléctrica a baixa velocidade.

… e sereno fora dela

Fora das áreas urbanas, o Grande Panda Hybrid não perde encanto, mesmo se a sua agilidade não seja excepcional mas capaz de manter o curso nas curvas duma maneira previsível graças aos comuns assistentes de condução.

Critica-se apenas o ajuste limitado do volante e do banco num verdadeiro confronto para evitar uma postura demasiado direita ao volante. Em viagens mais longas, é o corpo que acaba por pagar por esse desconforto.

É apenas uma chamada de atenção para uma necessária correcção porque, em termos gerais, pouco há a apontar a um compacto desta categoria.

Saúda-se ainda o bom isolamento acústico do habitáculo, que só a partir dos 110 km/hora em auto-estrada o zumbido do vento ou quando o motor entra em maior esforço se tornam mais intrusivos.

Para quem procura um carro honesto nas suas capacidades, o Fiat Grande Panda Hybrid assume-se como uma escolha a ter em conta pelo visual radiante e pelo espaço a bordo, sem esquecer os consumos controlados.

O principal trunfo está mesmo no preço para quem tem um orçamento limitado: o puro térmico de 100 cv não chega aos 18 mil euros, com o micro híbrido ensaiado com o acabamento La Prima a ficar bem abaixo dos 25 mil euros.

Fiat Grande Panda Preço
Pop 1.2 Gasolina 100 cv Desde 17.850 euros
Icon 1.2 Gasolina 100 cv Desde 19.350 euros
La Prima 1.2 Gasolina 100 cv Desde 22.350 euros
Icon 1.2 Hybrid 110 cv Desde 21.350 euros
La Prima 1.2 Hybrid 110 cv Desde 24.350 euros
Icon Electric 113 cv Desde 25.000 euros
La Prima Electric 113 cv
Desde 28.000 euros
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