
















O Honda Prelude está de volta à estrada após um interregno de 25 anos mas agora como 100% híbrido. A exaltá-lo estão as linhas bem agressivas, como o protótipo avançado há dois anos, e um chassis devidamente calibrado.
Nesta evolução para um coupé 2+2, mesmo se os dois lugares traseiros são "minúsculos", o desportivo chega aos 4,53 metros de comprimento por 1,35 de altura e 1,88 de largura, com os dois eixos separados por 2,60 metros.
As curvas simples e fluidas reforçam um visual depurado a atirar quase para o minimalista mas essa concepção não o impede de passar despercebido na estrada.
O habitáculo não acompanha o espírito que se percebe por fora, ao seguir os mesmos preceitos dos hibridizados Civic, ZR-V, CR-V e HR-V, mas numa configuração mais sofisticada, que também se percebe nos acabamentos.
Ressaltam à vista alguns detalhes exclusivos, como nas saídas de ar, na consola central e, principalmente, nos bancos diferenciados, enquanto o volante comporta patilhas em metal para "engrenar" as relações da caixa virtual.
O posto de condução combina um painel de instrumentos digital de 10,2 polegadas ao ecrã multimédia de nove polegadas com um infoentretenimento ergonómico, não abdicando dos botões físicos para as funções mais comuns.
Apesar de todos estes "mimos", não se espere uma enorme pujança desportiva neste Honda Prelude e:HEV, que se percebe mais como um GT: a alimentá-lo está uma motorização 100% híbrida semelhante à do Honda Civic.
A suportá-la está um bloco atmosférico de 2.0 litros do ciclo Atkinson com 143 cv e 186 Nm para gerar a energia necessária para o propulsor eléctrico debitar 135 kW (184 cv) e 315 Nm às rodas dianteiras.
Estes números correspondem a potência e binário máximos do desportivo, com o motor a combustão a ligar-se ao eixo motriz apenas a velocidades altas e constantes em auto-estrada.
As acelerações dos zero aos 100 km/hora cumprem-se em 8,2 segundos para uma velocidade de ponta a bater nos 188 km/hora, com o consumo combinado a fixar-se nuns frugais 5,2 litros por cada centena de quilómetros.
No papel toda esta pujança pode parecer demasiado modesta num coupé deste gabarito mas ela depressa é "eliminada" pelas emoções que espoleta no condutor.
A equipá-lo está uma funcionalidade inédita para oferecer maior gozo ao volante: a caixa virtual S+ Shift simula o som e a sensação de passagens rápidas da caixa automática, num equilíbrio que a construtora assume como perfeito.
Embora o sistema e:HEV não possua transmissão mecânica, quando o sistema é activado o condutor pode "engrenar" virtualmente as oito relações através das patilhas no volante.
Mais específico é a possibilidade de manter uma relação de marcha nas curvas para manter a rotação ideal do motor como numa caixa "convencional", e aproveitar a potência nas acelerações.
A Honda também se focou no chassis para proporcionar o máximo prazer ao volante: além da posição de condução e da direcção, precisa e comunicativa, também instalou no Prelude parte da suspensão adaptativa do Civic Type R.
O novo Honda Prelude chegará ao mercado nacional no próximo ano, com as especificações finais, os equipamentos e os preços a serem reveladas mais próximas da data de lançamento; em Espanha arranca nos 49.500 euros!
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