Francesco Bagnaia venceu, este domingo, o Grande Prémio do Algarve de MotoGP pela Ducati.
Na penúltima das 25 voltas da corrida algarvia, o português seguia no 10.º lugar, quando a sua KTM sofreu um toque na traseira do espanhol Iker Lecuona (KTM), que também caiu.
Os dois pilotos foram assistidos no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, tendo a equipa do português assegurado que Miguel Oliveira estava bem, apesar de ter sido transportado para o centro médico do circuito por precaução.
Bagnaia, segundo no Mundial, atrás do já campeão Fabio Quartararo (Yamaha), liderou toda a corrida disputada na "montanha russa" algarvia.
Somou o terceiro triunfo da temporada, em 38.17,720 minutos, ao deixar o espanhol Joan Mir (Suzuki) e o australiano Jack Miller (Ducati) na segunda e terceira posições, a 2,478 e 6,402 segundos, respectivamente.
"Estou muito feliz; fizemos um trabalho fantástico. "Talvez tenha sido o melhor fim de semana em MotoGP", sublinhou o motociclista italiano após cortar a meta.
"Estava com medo, com a bandeira vermelha, que tivesse sido um acidente grave. Gostava de ter terminado com a bandeira de xadrez, mas foi importante assegurar o título de construtores".
A Ducati assegurou a conquista do título mundial de construtores pela terceira vez, revalidando o "ceptro" alcançado em 2020 e em 2007.
Quartararo, primeiro francês a conquistar o título mundial e vencedor da corrida algarvia em Abril, desistiu pela primeira vez em 2021 ao cair na 21.ª das 25 voltas, quando seguia no sétimo lugar.
O italiano Valentino Rossi (Yamaha), sete vezes campeão do mundo da categoria rainha, terminou a penúltima corrida da sua carreira no 13.º posto, a 22.752 segundos do vencedor.
Com o incidente da corrida deste domingo, Miguel Oliveira "caiu" da décima para a 13.ª posição da classificação de pilotos, com 92 pontos, a sete do espanhol Alex Rins (Suzuki), que foi oitavo, e a dois do italiano Enea Bastianini (Ducati), nono.
O português, vencedor da primeira passagem do Mundial de MotoGP pelo circuito algarvio, em 2020, seguia no Top 10 da corrida, após ter arrancado do 17.º lugar da grelha de partida.
Logo na primeira volta, Miguel Oliveira subiu cinco posições, até ao 12.º lugar, e, na seguinte, ao 10.º, o qual segurou até ser ultrapassado por Rins.
Nas voltas finais, com Bagnaia e Mir destacados nos dois primeiros lugares, Miller resgatou o terceiro lugar, durante grande parte da prova ocupado por Alex Márquez (Honda), que terminou no quarto posto.
"Nesta corrida consegui um bom conjunto para chegar à frente, esperava estar um pouco mais frente. O Bagnaia estava um pouco mais rápido, mas vamos continuar a tentar melhorar", explicou Mir.
Já Miller realçou a luta com Alex Márquez, após gerir o desgaste dos pneus. "Percebi que tinha de acelerar para o passar, consegui, mas apanhei alguns sustos".
O GP Algarve foi antecedido de um minuto de silêncio, em homenagem ao militar da Guarda Nacional Republicana (GNR), que morreu em serviço no sábado, nas imediações do circuito, num acidente de viação que provocou ainda um ferido grave e outro ligeiro.
Em Moto3, Pedro Acosta (KTM) tornou-se no primeiro rookie a sagrar-se campeão do mundo da terceira categoria.
O espanhol sucede ao italiano Loris Capirossi, que em 1990 foi o mais jovem a conquistar o troféu, com 17 anos e 165 dias, menos um do que Acosta.
O piloto da KTM assegurou o sexto triunfo do ano, ao beneficiar, quando já liderava a corrida, da queda de Dennis Foggia (Honda), o único que podia evitar a sua conquista.
O adversário italiano sofreu um toque na traseira da sua mota pelo sul-africano Darryn Binder (Honda), que foi desclassificado.
O Mundial de MotoGP termina no próximo domingo em Espanha, com o GP da Comunidade Valenciana, em Valência.
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