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McLaren W1 é um delírio híbrido com 1.275 cv de potência

Linhas fulgurantes, bem alinhadas com as portas em forma de asa de gaivota e uma asa traseira nada discreta, distinguem o McLaren W1 estreado este domingo.

Todavia, o que ficará na memória serão os 1.275 cv e 1.340 Nm debitados por um inédito grupo motopropulsor híbrido plug-in às rodas traseiras.

E nada melhor para o novo hiper desportivo que sucede ao diabólico McLaren P1 assinalar os 50 anos sobre o primeiro título mundial de pilotos conquistado por Emerson Fittipaldi para a insígnia britânica.

Inovação híbrida

O W1 representa a entrada num novo capítulo da longa e brilhante história da McLaren, assumindo-se como a expressão máxima dum hiper desportivo… mas agora como híbrido de ligar à tomada eléctrica.

Verdadeiro concentrado de superlativos nos 4,64 metros que tem de comprimento, combina potência extrema com aerodinâmica de ponta e tecnologias de vanguarda na pista ou em estradas convencionais.

Inspirado por anos de inovação no mundo da competição automóvel, a letra W que distingue o bólide deriva do World Championship de Fórmula 1, patente nos 16 títulos mundiais de pilotos e construtores.

Montado em posição central traseira está um V8 biturbo de 4.0 litros com 929 cv e 900 Nm, alinhado com um motor eléctrico de 255 kW (347 cv) e 440 Nm.

A caixa automática de oito relações passa às rodas traseiras uns brutais 1.275 cv e 1.340 Nm combinados, para acelerar dos zero aos 100 km/hora em 2,7 segundos ou em 5,8 segundos até aos 200 km/hora.

A velocidade máxima está "tabelada" nos 350 km/hora, beneficiando dos 1.399 quilos que o hiper carro pesa à conta dum chassis monocasco em fibra de carbono baptizado como Aerocell.

Com uma relação de peso-potência de 1,09 kg/cv, assume-se como o McLaren mais eficiente de sempre para pista em termos de aceleração e de velocidade.

A diminuta bateria de 1,38 kWh de capacidade assegura apenas dois quilómetros de autonomia, própria para manobras a baixa velocidade.

Aerodinâmica apurada

Em termos aerodinâmicos, o W1 permanece fiel à reputação imprimida pela McLaren nos seus desportivos, com os bancos integrados no monocasco e com os pedais e volante reguláveis.

A área frontal apresenta uma engenharia aerodinâmica sofisticada, com a parte superior a dispor de entradas de ar em redor dos faróis e dos guarda-lamas, além da abertura central no capô.

As laterais inspiradas nos monolugares da Fórmula 1 apresentam-se com aberturas alargadas para a saída do fluxo de ar das cavas das rodas dianteiras.

Duas outras entradas de ar, uma das quais triangular, dirigem o fluxo para os radiadores e difusor traseiro, com a aerodinâmica a ser complementada pela asa activa e pelo duplo escape trapezoidal ao centro.

A nova suspensão Race Active Chassis Control III é apoiada por um sistema de travagem hidráulico de alto desempenho, capaz de parar o bólide em 29 metros aos 100 km/hora ou 100 metros a 200 km/hora.

Os travões são accionados por pinças de seis pistões à frente e de quatro atrás, com os discos McLaren Carbon Ceramic Racing+ de 390 mm de diâmetro a serem exclusivos deste hiper modelo.

Para as rodas de 19 polegadas à frente e de 20 atrás, são propostos três pneumáticos da Pirelli, sempre nas medidas 265/35Z R19 e 335/30Z R20, respectivamente.

O P Zero Trofeo RS, com um composto especial para circuito é proposto de origem, podendo ainda optar-se pelos menos radicais P Zero R ou P Zero Winter 2.

Caro, muito caro mesmo

Face a tal poder na estrada, não é novidade que a ergonomia a bordo tenha sido optimizada ao pormenor, com os principais comandos a poderem ser regulados pelo condutor.

No volante achatado estão apenas os botões Boost e Aero Deployment inspirados na Fórmula 1, enquanto os modos do chassis e do sistema motriz são controlados no painel multimédia.

Já os controlos da ignição, selecção de marchas e modos Race, bem como os comandos das janelas, estão localizados no tejadilho.

Outras configurações estão disponíveis no ecrã de infoentretenimento de oito polegadas, compatível com o Apple CarPlay sem fios.

Com uma "tiragem" limitada a 399 exemplares, o McLaren W1 não ficará por menos de 2,4 milhões de euros antes das devidas personalizações.

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