Depois dos Evija e Eletre, a Lotus volta a atacar o mundo eléctrico com uma berlina marcada por linhas fulgurantes.
O novo Emeya propõe 675 kW (918 cv) e 985 Nm combinados, e uma aceleração dos zero aos 100 km/hora abaixo dos três segundos.
Ainda sem se conhecerem as diversas variantes que irão compor a gama, tem o início da produção agendada para o próximo ano.
Será a sequência lógica do Eletre, agora em formato berlina de quatro portas, mas sem perder a potência e o desempenho que caracteriza o "irmão".
Proposto como um hiper GT, o novo Emeya segue a mesma linguagem estética do SUV, com quem partilha toda a parte técnica.
A diferenciá-lo, no entanto, está a assinatura luminosa frontal, dividida em dois níveis, com as ópticas cónicas agregadas ao capô.
A entrada de ar central, assim como o deflector dianteiro são móveis para reforçarem o apoio aerodinâmico a alta velocidade.
O mesmo sucede com a asa traseira, capaz de gerar 215 quilos de força descendente, enquanto o difusor suaviza o fluxo de ar sob a carroçaria.
Os flancos lisos, realçados pelos puxadores das portas escamoteáveis e por arestas vivas na área inferior, dão-lhe uma silhueta muito esticada.
A contrastar com a cor amarela dominante está o tejadilho preto, a dar-lhe um profundo toque desportivo, reforçado pelas jantes em liga leve até 22 polegadas.
A bordo do Emeya prossegue o desenho minimalista, muito tecnológico, que já definia o Lotus Eletre.
O ecrã táctil de infoentretenimento, que deverá ter as mesmas 15,1 polegadas do SUV, é complementado por um visor head-up de realidade aumentada.
O acompanhante tem ainda direito a um ecrã multimédia horizontal, com o formato em tudo semelhante ao do painel de instrumentação.
Nas portas estão dois pequenos visores que exibem as imagens captadas pelas câmaras digitais a fazerem a vez dos retrovisores laterais.
A berlina será proposta de série com cinco bancos mas poderá ser configurada com quatro assentos anatómicos.
Além da pele Nappa, alumínio, Alcantara e poliuretano, o interior está revestido com tecido reciclado a partir de desperdícios de algodão.
Falta saber, no entanto, quais serão os detalhes dos acabamentos e os níveis de equipamento da gama.
Apenas o sistema motriz de mais alto desempenho do Lotus Emeya foi confirmado na apresentação feita na última semana.
Idêntico ao proposto para o Eletre, é composto por um motor eléctrico para cada eixo a dar-lhe tracção integral.
A potência combinada chega aos 675 kW (918 cv), com o binário máximo a fixar-se nos 985 Nm.
E, como no Porsche Taycan com quem irá rivalizar, o propulsor traseiro dispõe de uma transmissão automática de duas velocidades.
O desempenho para a berlina também não é de menosprezar: 2,78 segundos para bater nos 100 km/hora, para uma velocidade de ponta de 256 km/hora.
A alimentá-lo está uma bateria de 102 kWh que poderá dar-lhe uma autonomia em redor dos 500 quilómetros.
Recarregável a 350 kW, poderá somar mais 150 quilómetros em apenas cinco minutos, e apenas precisa de 18 para carregar 80% da sua capacidade.
Só no final do ano se saberão mais detalhes sobre as variantes do hiper GT, estando a produção agendada para 2024.
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