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Daytona SP3: Ferrari mais potente de sempre custa 2 ME e já esgotou!

Custa mais de dois milhões de euros e é uma verdadeira maravilha saída da linha de montagem de Maranello.

A Ferrari volta a deslumbrar o mundo dos super desportivos com o novíssimo Daytona SP3, terceiro membro da série Icona, inaugurada em 2018 com os Monza SP1 e SP2. 

A estreia mundial aconteceu este sábado, tendo como cenário o circuito de Mugello, para o exclusivo Finali Mondiali 2021, dedicado a todos os clientes e fãs da cavallino rampante

Tributo às 24 horas de Daytona 

O exótico SP3 homenageia a vitória da Ferrari nas 24 Horas de Daytona, em 1967, com os seus pilotos a ocuparem os três lugares do pódio na prova americana de resistência. 

É também o Ferrari com o motor de combustão interna mais potente de todos os tempos da marca, nesta reinterpretação exclusiva dos Sport Prototipos dos anos 60. 

Escondido sob uma carroçaria extremamente aerodinâmica está um bloco V12 naturalmente aspirado de 6.5 litros baptizado com o código F140HC. 

Baseado no Ferrari 812 Competizione, o motor apresenta várias alterações mecânicas para ganhar maior potência. As bielas em titânio permitiram reduzir em 40% o peso face às de aço, e a cambota é também mais leve. 

O escape e o sistema de admissão também foram redesenhados para melhorar a curva do binário a qualquer velocidade. 

O resultado final? O V12 atmosférico mais potente alguma vez construído pela Ferrari, capaz de desenvolver 840 cv às 9.250 rotações por minuto, e 697 Nm às 7.250 rpm. 

Potência e binário são passados às rodas traseiras através de uma caixa F1 de dupla embraiagem e sete relações, apoiado por um diferencial de deslizamento limitado. 

Em termos de acelerações, o Ferrari Daytona SP3 bate os zero aos 100 km/hora em 2,85 segundos, demorando 7,4 segundos a chegar aos 200 km/hora. 

A velocidade máxima ultrapassa os 340 km/hora, com esse valor a ser auxiliado por vários sistemas electrónicos de ajuda à condução. 

Entre eles contam-se a mais recente geração dos sistemas SSC 6.1 (Side Slip Angle Control) e FDE (Ferrari Dynamic Enhancer). 

Este sistema de controlo de dinâmica lateral, que permite controlar o ângulo de viragem até ao limite, é activado nos modos Race e CT-Off

Linhas sensuais 

Nesta reinterpretação estilística, a carroçaria do Ferrari Daytona SP3 tem várias semelhanças com o La Ferrari Aperta, mas com linhas marcadas pela sensualidade. 

Os designers inspiraram-se nas formas arredondadas dos Ferrari P3, P4, P330 e 412P que dominaram Daytona nos anos 60. Contudo, este SP3 apresenta uma postura mais agressiva em estrada, com arestas mais nítidas. 

E, embora partilhe o monocasco em fibra de carbono do La Ferrari, quer o chassis, quer a carroçaria são construídos com materiais compósitos para conseguir o menor peso possível. 

À frente destacam-se o proeminente divisor proeminente, enquanto o nariz afilado fica mais baixo do que os guarda-lamas destacados. 

Os faróis LED, escondidos atrás de duas "pálpebras" retrácteis recordam as luzes escamoteáveis dos modelos daquela década. 

Visto de perfil, salta à vista a estrutura muito esculpida, inspirada no Ferrari 512 S que correu nas pistas entre 1969 e 1970. 

O pára-brisas envolvente e os espelhos retrovisores montados sobre os guarda-lamas reforçam o tom exótico e aerodinâmico do Daytona SP3. 

As entradas de ar montadas nas portas evitaram a sua inclusão nas áreas laterais, com o conjunto a ganhar linhas mais limpas nos guarda-lamas traseiros. 

A traseira é marcada pela faixa luminosa LED a ligar os farolins, numa homenagem ao Ferrari 250 P5 de 1968, integrada nas lâminas que cobrem a área acima do difusor. 

As duas ponteiras de escape trapezoidais emitem o inconfundível som do V12 atmosférico, escondido sob um capô marcado por um dorsal ao centro para melhorar a refrigeração. 

As rodas exclusivas de cinco raios são calçadas com pneus Pirelli P Zero Corsa, especialmente desenvolvidos para o SP3 Daytona. 

Claro que a aerodinâmica esteve no centro das preocupações do desenvolvimento do Daytona SP3.

A Ferrari sublinha mesmo que o super carro "tem o mais elevado nível de eficiência aerodinâmica passiva" conseguido em todos os seus modelos. 

Para o conseguir foram aplicadas soluções inovadoras para a gestão eficiente da dissipação do calor dos componentes mecânicos. A elas somam-se um design inteligente para a refrigeração do motor e o reforço da força descendente. 

Essa inovação, sem estar particularmente visível, está presente na área inferior da parte traseira da carroçaria, para maximizar o fluxo de ar. 

Muita fibra de carbono 

O interior do Ferrari Daytona SP3 é marcado pelos bancos fixos em azul vivo no habitáculo, marcado pela fibra de carbono exposta, e fundidos com o túnel central. 

O design é inspirado nos carros de corrida dos anos 60, com o piloto a sentar-se nos bancos presos no chassis. Aliás, a posição de condução, semelhante à de um monolugar, é mais baixa e reclinada em relação a outros modelos da Ferrari. 

O tabliê apresenta-se com revestimento em camurça numa estrutura minimalista, marcado pelo painel de instrumentos e ecrã táctil de infoentretenimento digitais de 16 polegadas. 

O volante multifunções é em tudo semelhante ao montado no La Ferrari, com o condutor a poder controlar 80% das funções do super desportivo. 

O Daytona SP3 está limitado a 599 exemplares e o preço-base de dois milhões de euros não evitou que a série esteja já esgotada. 

O privilégio para as primeiras 499 unidades foram dadas aos proprietários dos SP1 e SP2, e as restantes 100 foram vendidas a um grupo seleccionado de coleccionadores Ferrari. 

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