
















Ainda a Comissão Europeia está a "trabalhar" na nova categoria de "eléctricos" acessíveis, baptizada como E-car, e já a Dacia propõe um Hipster Concept que parece ir ao encontro das preocupações de Bruxelas nesse campo.
Inspirado nos populares Kei Car japoneses, o protótipo assume quatro verdadeiros lugares nos três metros que tem de comprimento, e uma bagageira modular que varia entre os 70 e os 500 litros com os bancos traseiros rebatidos.
O estilo é deliberadamente simples: um "cubo sólido" com as rodas montadas nas extremidades e sem quaisquer saliências; visto de perfil até parece um Suzuki Jimny ou mesmo um Land Rover Defender dos primórdios.
A área frontal rectilínea é atraente quanto baste, enquanto a porta da bagageira, dividida em duas secções, e as protecções laterais em Starkle reforçam uma personalidade muito própria.
Mesmo assim, essas formas cúbicas para optimizar o espaço a bordo não disfarçam quão compacto é, com os seus 1,55 metros de largura por 1,53 de altura.
O habitáculo segue as premissas definidas para o exterior, com as superfícies envidraçadas na vertical; a posição dos bancos à frente, idêntica à do Dacia Sandero, garante uma visão segura da estrada sem ignorar o conforto.
Já o acesso aos bancos traseiros é facilitado pela ampla abertura da porta e pelo assento reclinável do passageiro à frente, enquanto a configuração do tabliê assegura um amplo espaço para guardar objetos.
O interior espartano pode ser personalizado a gosto através da gama de acessórios YouClip da insígnia franco-romena nos 11 pontos de fixação montados no visor da instrumentação, assim como nos painéis das portas e da bagageira.
Ao centro do tabliê está o suporte para o telemóvel que, para além de servir como chave digital, também se transforma num ecrã multimédia com navegação e sistema áudio, desde que ligado a uma coluna portátil com Bluetooth.
Face a tal economia de meios, não surpreende que o Hipster Concept seja 20% mais leve do que o Spring, mantendo um peso em vazio de 800 quilos, com óbvios reflexos num consumo energético mais baixo.
Infelizmente, a Dacia não deu quaisquer detalhes técnicos sobre o motor eléctrico que alimenta este Kei Car à europeia, nem sequer a capacidade da bateria e respectiva distância entre carregamentos.
Especifica apenas que "foi concebido para o dia a dia, com uma autonomia suficiente para as deslocações diárias" com duas recargas por semana, justificando que, em França, 94% dos condutores percorrem menos de 40 quilómetros diários.
Tendo em conta aquele número, pode supor-se que o modelo de produção que evoluirá do protótipo poderá equipar uma pequena bateria em redor dos 20 kWh para uma autonomia que deverá chegar a uns máximos 140 quilómetros.
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