É um dos leilões automóveis mais concorridos a nível mundial e este ano não será excepção. Entre 15 e 17 de Agosto, a leiloeira RM Sotheby's leva àquela cidade californiana alguns dos clássicos mais ambicionados do momento. Entre os carros de sonho que irá levar a leilão está uma numerosa bateria de Aston Martin DB5.
O evidente destaque vai para uma carrinha de três portas e para o modelo que marcou a saga 007, embora não sejam avançados os preços-base de licitação.
Nesse 'pacote' está incluído um dos dois modelos que a Eon Productions comprou para a estreia de '007 – Operação Relâmpago'. O modelo é também o terceiro dos quatro exemplares construídos com as especificações técnicas definidas por Mister Q para o filme '007 Contra Goldfinger'.
No vídeo, pode apreciar todas as explicações dadas por técnicos da RM Sotheby's sobre a maneira como o carro foi restaurado.
Não é todos os dias que chega a um leilão um Aston Martin DB5 pouco conhecido do público em geral, e com uma história divertida por trás, própria de um milionário, que levou à sua construção.
O DB5 Shooting Brake foi criado em 1965 propositadamente para David Brown, o industrial que comprou, no final dos anos 40, a Aston Martin e a Lagonda. Aliás, a designação DB significa, nem mais nem menos, do que as iniciais do nome deste ávido desportista britânico.
A ideia nasceu pela simples razão de David Brown não conseguir arrumar o seu equipamento de pólo no porta-bagagens do DB5 nem conseguir que o cão de caça, que o seguia sempre para qualquer lado, deixasse de morder os assentos em pele do carro.
Sem pensar duas vezes, pediu a Harold Radford, especialista em carroçarias, para criar uma versão especial a partir da plataforma em que o DB5 estava a ser construído.
Conhecidas como Radford Shooting Brakes, apenas 12 carrinhas DB5 viram a luz do dia, com quatro a terem volante à esquerda, sendo este exemplar com matrícula suíça um dos exemplares exportados do Reino Unido.
Mesmo com o espaço extra conseguido – a bagageira tem 1132 litros de capacidade com os bancos traseiros rebatidos –, Radford assegurou ao patrão que a carrinha era mais do que capaz de ultrapassar os 240 km/hora.
Além disso, estava concebida para ser imobilizada em apenas seis segundos quando travada a uma velocidade de 160 km/hora, o que não deixa de ser um feito para aquela época.