O Mazda CX-80 só chega em Novembro aos concessionários nacionais mas já foram avançados os preços e abertas as encomendas para o topo de gama de sete lugares da insígnia japonesa.
"Esticado" até aos cinco metros de comprimento, para adoptar a terceira fila de bancos, pode ainda ser configurado com dois Captain Seats independentes que se assumem como verdadeiras poltronas.
O SUV mantém os mesmos grupos motopropulsores híbridos plug-in e mild hybrid a gasóleo que comporta o CX-60 para cinco ocupantes, ou não partilhasse com ele as mesmas plataforma e fisionomia.
A antecipar a chegada ao nosso país, a Mazda convidou a comunicação social portuguesa a viajar até Augsburg, na Alemanha, para tirar as primeiras impressões ao volante.
No mundo automóvel, a Mazda é considerada uma das marcas mais originais ao propor soluções técnicas invulgares.
Há um ano lançou o CX-60 de cinco lugares com o grupo motriz e-Skyactiv híbrido plug-in de 328 cv e 500 Nm passados às quatro rodas através de uma caixa automática de oito relações.
A combinação motriz alinha um bloco a gasolina de 2.5 litros, com 192 cv e 261 Nm, a um motor eléctrico de 129 kW (175 cv) e 270 Nm.
Com o CX-80, a construtora foi mais longe ao propor para a Europa uma variante de sete (ou seis) lugares mas com o mesmo nível de potência e de binário combinados.
Já a bateria de 17,8 kWh assegura uma autonomia eléctrica até 60 quilómetros, demorando a carregar cinco horas em corrente alternada a 7,2 kW.
A variante e-Skyactiv D associa um motor a gasóleo de 3.3 litros e seis cilindros em linha ao sistema micro-híbrido M Hybrid Boost 48V da Mazda.
São 254 cv e 550 Nm combinados passados às quatro rodas com a mesma caixa automática de oito relações, e com consumos abaixo dos seis litros por cada centena de quilómetros.
O objectivo é mais do que óbvio: na mira está um mercado premium dominado até agora pelas marcas alemãs.
Grelha imponente, faróis cónicos e um capô a perder de vista definem este SUV, que apenas se diferencia do "irmão" mais pequeno a partir do segundo pilar pelas portas maiores para melhor acesso à terceira fila.
Para quem já conhece o CX-60, não vai encontrar grandes diferenças a bordo: a concepção é sóbria quanto baste mas muito agradável à vista, marcada por acabamentos de alta qualidade.
Confirma-se o conforto exclusivo a bordo, a convidar a longas viagens em família sem que condutor e passageiros se sintam apertadas; afinal são 3,12 metros de comprimento a separar ambos os eixos.
A ênfase está mesmo na modularidade do espaço: todos os bancos traseiros podem ser rebatidos para aumentar o volume de carga quando mais é preciso, passando dos 258 para uns enormes 1.971 litros.
Agora, pode ficar desiludido quem esperava um posto de condução extravagante, como muitos rivais propõem.
Não é uma crítica para quem, como o Aquela Máquina, não gosta de perder-se em menus infinitos no ecrã multimédia ou no painel de instrumentos.
O acesso às funções principais é muito simples através do comando rotativo na consola central e os dados são claros e precisos.
Dum topo de gama apontado às famílias numerosas, espera-se uma qualidade de condução de excelência, e sempre bem apoiado pelos assistentes mais evoluídos para viagens tranquilas.
O comportamento do CX-80 não desilude na cidade, como já acontecia com o CX-60, definido por uma óptima agilidade se se tiver em conta que pesa mais de 2,2 toneladas apenas com o condutor a bordo.
Em circuito urbano, é o motor eléctrico a comandar quase todas as operações, pelo menos enquanto a bateria não esgotar os 60 quilómetros de autonomia que a Mazda avança.
Os 328 cv combinados são mais do que suficientes para chegar aos 100 km/hora em menos de sete segundos mas desiluda-se quem vê nele um SUV para acelerar a fundo.
O chassis está bem afinado para uma condução eficaz na cidade (e fora dela), mas mesmo se a suspensão está afinada para o melhor conforto a bordo, a baixa velocidade sente-se alguma dureza.
Essa sensação quase que desaparece na auto-estrada, como grande viajante que é, embora numa vulgar via nacional possa sentir-se algum desequilíbrio lateral nas curvas face ao peso que exibe.
É verdade que não é esse o seu terreno favorito mas a caixa automática de oito velocidade, embora às vezes seja um pouco brusca nas passagens, apoia perfeitamente a mecânica.
Mesmo assim, os excessos são apenas uma formalidade desde que não se faça do SUV o desportivo que nunca quis ser.
Aspecto menos positivo é a bateria apenas poder ser carregada em corrente alternada até 7,2 kW, quando os rivais mais directos já oferecem carregamentos em corrente contínua.
A reter é que, para quem gosta de SUV imponentes, o Mazda CX-80 e-Skyactiv PHEV é uma opção a ter em conta pelo conforto e dinamismo que oferece, fazendo dele um belo companheiro para longas viagens.
Motorização | Versão | Preço |
Exclusive-Line | 63.005 euros | |
Homura | 69.055 euros | |
Takumi | 70.155 euros | |
Homura Plus | 72.855 euros | |
Takumi Plus | 73.955 euros | |
Exclusive-Line | 79.812 euros | |
Homura | 85.862 euros | |
Takumi | 86.962 euros | |
Homura Plus | 89.462 euros | |
Takumi Plus | 90.562 euros |
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