A escolha do nome para o novo SUV coupé da Renault não deixa dúvidas: o Rafale quer "voar" no segmento D como o modelo mais evoluído da marca.
A nova proposta 100% híbrida revelada este domingo no Paris Air Show inspira-se na história da marca como fabricante de motores de avião nos anos 30.
Do Caudron C460 Rafale que bateu recordes de velocidade, vai buscar as suas linhas aerodinâmicas para evocar desempenho, ousadia, emoção e carácter.
O Rafale completa a gama SUV da Renault, actualmente composta pelos Captur, Arkana, Austral e Espace.
As suas medidas são quase idênticas às do último, como comprovam os seus 4,71 metros de comprimento por 1,86 de largura e 1,61 de altura.
A distância entre eixos chega aos 2,74 metros mas, como é bom de ver, o que realmente o distingue do SUV é o formato coupé ao estilo de um fastback.
Em termos estéticos, corporiza a nova linguagem estilística da marca revelada o ano passado com o protótipo Scénic Vision.
Essa derivação está reflectida na sua forte personalidade graças às suas linhas muito esculpidas.
Os vincos estão bem definidos nas laterais e no capô numa carroçaria quase isenta de arestas.
Como no renovado Renault Clio, destacam-se as luzes diurnas nas extremidades do pára-choques, e a assinatura luminosa em forma de diamante.
A grelha é composta por uma constelação de pequenos diamantes que organizam o espaço tridimensional à volta do logótipo da marca ao centro.
Este padrão, em preto brilhante profundo, contrasta com os tons azul ou cinzento, segundo a versão em causa, que aparecem e desaparecem no fundo.
Atrás, distinguem-se os farolins estilizados sem uma barra luminosa a ligá-los, e a adoptarem várias formas luminosas geométricas quando se ligam ou desligam.
Vermelho Chama, Preto Profundo e Cinzento Schiste Brilhante são as cores escolhidas para o exterior mas é o novo Azul Alpine que mais entusiasma.
Todavia, esta cor em estreia na gama Renault, tem uma tonalidade mais profunda do que a que pinta o Alpine A110.
As vias mais largas em 4 cm do que as do Espace tiram o máximo partido das jantes opcionais de 20 polegadas que preenchem as cavas das rodas.
A bordo, o que mais chama a atenção é a luminosidade do habitáculo, à conta do tejadilho panorâmico interactivo Solarbay.
A superfície envidraçada fica opaca graças a um campo eléctrico dividido em nove segmentos independentes, eliminando a necessidade de uma cortina.
Esta função pode ser controlada por voz através do Google Assistant se não se quiser pressionar o botão acima do retrovisor.
Com quatro tipos de personalização, o visor OpenR, que une o painel de instrumentação ao ecrã táctil infoentretenimento, sobrepõe-se no tabliê.
A suportá-lo está o mais recente Android Auto, com ligeiras mudanças no desenho dos menus mas com melhor desempenho e conectividade.
O pára-brisas é ocupado por um visor head-up de 9,3 polegadas, para exibir dados como a velocidade e as indicações de navegação.
Pode-se ainda contar com bancos específicos com apoios laterais personalizados e apoio de braço inteligente para os passageiros traseiros.
Uma variedade de cores e materiais inovadores reforçam a qualidade de vida a bordo, marcado pelo amplo espaço para os cinco ocupantes.
Atrás, o espaço para os joelhos é de 302 mm, enquanto a capacidade da bagageira chega a uns generosos 530 litros.
O que não muda mesmo neste Renault Rafale é a motorização, em tudo igual à que equipa o Austral e o Espace, para uma potência combinada de 200 cv.
Este E-Tech Full Hybrid combina o mesmo bloco turboalimentado de 1.2 litros de 130 cv e 205 Nm com o propulsor eléctrico de 50 kW (68 cv) e 205 Nm.
Há um segundo motor eléctrico, com 25 kW (34 cv) e 50 Nm, responsável pelo sistema start & go e pela gestão das passagens da caixa automática multímodo.
A suportar a propulsão está uma bateria de 2 kWh com arquitectura de 400 volt, que permite conduzir até 80% em modo eléctrico na cidade.
O consumo médio de gasolina, em redor dos 4,7 litros/100 km, pode chegar a menos 40% face ao consumido por um motor de combustão interna equivalente.
E, através das patilhas no volante, podem seleccionar-se quatro níveis de travagem regenerativa.
Na segurança activa e apoio ao condutor, conta com 32 ajudas à condução, assim como luzes LED Matrix Vision e nível 2 de condução semi-autónoma.
Mais tarde chegará uma versão híbrida plug-in de 300 cv com quatro rodas motrizes e direccionais, graças ao sistema 4Control Advanced,
Com um motor eléctrico adicional no eixo traseiro, a versão E-Tech 4x4 terá um chassis adaptado a uma nova geração de gestão inteligente das ligações ao solo.
Esta variante de alto desempenho terá igualmente versões Esprit Alpine com equipamentos e estética específicos, como já acontece no Austral e no Espace.
Por saber fica a capacidade da bateria, assim como o desempenho e a autonomia em condução 100% eléctrica.
Com chegada prevista no último trimestre deste ano aos concessionários nacionais, ficam por saber as versões de equipamento e os respectivos preços.
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