Será a principal estrela da Alpine no salão automóvel de Paris que arranca na próxima segunda-feira.
Marcado por linhas profundamente aerodinâmicas, o monolugar tem na motorização a hidrogénio o seu grande trunfo.
E, para abrir o apetite, numa das fotografias de apresentação do protótipo, a Alpine dá ainda um vislumbre dos três futuros "eléctricos" que irá lançar.
Só se conseguem perceber as silhuetas da futura "garagem dos sonhos" da marca, que terá um citadino, um SUV, e um substituto do A110 no seu portefólio.
Em termos estéticos, o Alpine Alpenglow é marcado pela linha vermelha luminosa que o atravessa em toda a sua extensão.
Com 5,21 metros de comprimento por 2,14 de largura e 1,02 de altura, irá inspirar o modelo que irá participar nas provas de resistência da categoria LMDh.
O passado desportivo da marca gaulesa não foi ignorado, marcado neste protótipo com uma asa traseira inspirada no Alpine A220 dos anos 60.
A dianteira é caracterizada por uma assinatura luminosa em forma de T, que irá servir de inspiração a futuros modelos de produção.
Nas laterais estão os faróis a desenharem triângulos luminosos como se fossem uma "chuva de estrelas", nos termos usados pela construtora de Dieppe.
Atrás, os farolins azulados relembram de que se trata de um desportivo de competição movido a hidrogénio.
A bordo do Alpenglow, o piloto é colocado em posição central perante um pára-brisas azulado como se fosse uma bolha de protecção.
O volante em forma de joystick, como nos jogos de vídeo, será também fonte de inspiração para os modelos futuros da construtora.
Nele estão integrados selectores para variar algumas das funções do protótipo, ao estilo dos monolugares de Fórmula 1 ou LMP1 das provas de resistência.
Há também um botão de boost para tirar mais potência do motor em situações de corrida como as ultrapassagens.
O desenho profundamente estilizado do protótipo é condicionado, de certa forma pelos dois depósitos de combustível, com o hidrogénio mantido a 700 bar.
Localizados em ambos os lados do habitáculo, são eles que alimentam o motor de combustão interna localizado em posição central traseira.
Segundo a Alpine, "o bloco híbrido a hidrogénio é uma solução que concilia o respeito pelo ambiente com o inimitável prazer de condução".
Não são revelados dados técnicos sobre o propulsor em questão mas a marca promete "potência, leveza e riqueza de emoções sonoras".
Para tal contribui o uso intensivo de peças em fibra de carbono na estrutura do bólide, que em alguns casos são recicladas.
Esta experiência servirá também de balão de ensaio para a aplicação daquele material em futuros modelos da Alpine para "garantir a sua leveza".
A apresentação ao público irá acontecer no salão automóvel de Paris, que irá decorrer entre 17 e 23 de Outubro na Expo Porte de Versailles.
Já segue o Aquela Máquina no Instagram?