Quase a chegar às estradas europeias, para ainda apanhar a tempo o calor deste Verão, o Mini Moke eléctrico voltou a mudar de mãos esta quarta-feira.
Comprada em 2017 pela Moke International, num movimento decisivo para relançar o icónico descapotável este ano, a empresa britânica é agora detida pelo EV Technology Group.
Na operação, avaliada em quase 54 milhões de euros, o grupo canadiano ficará com 65% da participação da Moke International, com a opção de adquirir até 100% das suas acções.
O acordo encaixa na estratégia do EVT Group em reinventar marcas apoiadas nas novas tecnologias de electrificação. A equipa de gestão da Moke International será mantida, como parte do acordo, e continuará a liderar a expansão da marca.
Basta olhar para as linhas do novo Electric Moke para perceber a fiel ligação ao Mini Moke criado em 1964 por Sir Alec Issigonis, pai do icónico Austin Mini lançado cinco anos antes.
Os painéis, no entanto, são em alumínio para reduzir o peso de forma significativa e oferecer uma condução mais ágil, neste projecto liderado por Isobel Dando, ex-responsável de produto da Rolls-Royce.
O descapotável beneficia ainda de várias outras actualizações, principalmente no campo da segurança para ocupantes e peões.
O sistema de travagem regenerativa foi especialmente afinado, e a direcção hidráulica facilita a condução, luxos bem longe do idealizado pelo seu criador original.
A diferença está mesmo no sistema motriz do Electric Moke, já que o motor a gasolina foi substituído por um propulsor eléctrico com apenas 33 kW (45 cv) de potência.
Todavia, bastam-lhe 4,5 segundos para chegar aos 55 km/hora, graças aos 800 quilos que pesa, para uma velocidade máxima de 100 km/hora.
Desconhecidas são as especificações completas da bateria: sabe-se que demora quatro horas a carregar a partir de uma tomada padronizada do Tipo 2 e pode circular até 144 quilómetros com uma única carga.
Uma autonomia bastante curta mas que a Moke International considera suficiente para o tipo de utilização. Quase em jeito de piada, afirma que é suficiente para cinco viagens de ida e volta entre Cap Ferrat e o Mónaco.
Talvez por isso as entregas dos primeiros exemplares estejam já a acontecer no sul de França através da Casa Moke, sediada em Saint-Tropez, que faz parte da Moke France detida a 100% pelo EVT Group.
O sucesso parece estar mais do que assegurado para o descapotável: a subsidiária francesa tem encomendas já confirmadas no valor de 500 mil euros.
Já concessionária britânica Hendy tem uma longa lista de espera no Reino Unido, mesmo com o carro a ter um preço de partida de 34.240 euros
Ainda sem preços definidos para o mercado europeu, em breve o EVT Group irá ampliar a oferta do modelo em outros países do Velho Continente e nos Estados Unidos.
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