Verdadeiro campeão de vendas desde que chegou ao mercado em 2015, o Mercedes GLC renovou-se para manter em alta os seus pergaminhos.
Já na segunda geração, o SUV distingue-se não tanto pela estética, que é mais evolutiva do que revolucionária, mas antes pela aposta decidida na eletrificação. A oferta é agora constituída por mecânicas de hibridação suave e híbridas plug-in.
A Mercedes sublinha que o novo GLC é o SUV mais dinâmico que desenvolveu até ao momento.
A nível mecânico, a suspensão dianteira de quatro braços é nova e pode ser configurada com amortecimento variável e até com direcção no eixo traseiro.
Se estes elementos começam a ser "vulgares" nos topos de gama da Mercedes, já não são tão habituais num SUV de médio porte.
Face à versão anterior, é 60 mm mais comprido chegando agora aos 4,72 metros de comprimento. Mantém a largura de 1,89 metros e, com 1,64 metros de altura, é ligeiramente mais baixo em 4 mm.
A distância entre eixos também cresceu 15 mm, para os 2,89 metros, com o coeficiente aerodinâmico a baixar de Cx 0,31 para 0,29.
O que aumenta de forma substancial é o porta-bagagens: são 600 litros de capacidade, mais 50 do que o modelo da anterior geração.
Já o espaço a bordo cresceu de forma quase residual, oferecendo maior liberdade de movimentos para os passageiros dos bancos traseiros.
A nível estético, o Mercedes GLC reforça a sua identidade com uma frente dominada pelos faróis mais afilados, em perfeita ligação com a grelha cromada.
A variante AMG Line oferece um visual mais desportivo, patente na grelha com a estrela de três pontas como padrão decorativo.
Os cromados destacam-se no pára-choques dianteiro, nas saias laterais e no difusor, com as variantes ditas "normais" a optarem pelo preto. As jantes em liga leve vão de 18 a 20 polegadas, de acordo com o nível de equipamento.
Sem surpresa, o habitáculo sofre uma revolução digital, marcado pelo painel de instrumentos de 12,3 polegadas e pelo ecrã táctil MBUX de 11,9 polegadas.
Compatível com Android Auto e Apple CarPlay, é actualizável por via remota e tem um sistema de comandos de voz que suporta linguagem natural.
Há um menu off-road com dados específicos para a condução fora de estrada, bem como uma visão do terreno circundante sob o capô. Esta função, que a Mercedes apelida de "capô transparente", está activa até aos 8 km/hora.
Como não poderia deixar de ser, a nova geração do Mercedes GLC beneficia dos mais recentes avanços em sistemas de apoio à condução.
O regulador de distância é capaz de reagir a veículos parados até 100 km/hora em vez dos anteriores 60 km/hora. Também o assistente que mantém o carro na via actua a velocidades mais altas, de 210 km/h.
O detector de sinais de trânsito, além de identificar os Stop, assinala semáforos com a luz vermelha. O assistente de estacionamento possui uma câmara a 360 graus que facilita as manobras.
Seguindo a tendência de electrificação que se assiste na indústria automóvel, todas as variantes do Mercedes GLC são electrificadas.
No campo da hibridação ligeira a 48 volt e híbridos plug-in, são propostos blocos de 2.0 litros e quatro cilindros a gasolina e a gasóleo.
A eles está alinhada uma transmissão automática 9G-Tronic de nove velocidades.
Ainda sem data definida de lançamento, embora aconteça ainda este ano, ao mercado chegarão primeiro as versões a gasolina 200 4MATIC e 300 4MATIC.
O primeiro oferece 204 cv e 320 Nm, enquanto o segundo chega aos 258 cv e 400 Nm. A oferta mild hybrid é completada com o diesel 220d 4MATIC de 197 cv e 440 Nm.
As três variantes recebem um impulso momentâneo de 23 cv e 200 Nm nas acelerações através do sistema EQ Boost.
No campo das motorizações híbridas plug-in estão os 300e 4MATIC (333 cv e 550 Nm) e 400e 4MATIC (381 cv e 650 Nm) no campo da gasolina. Já o 300de 4MATIC, no campo do gasóleo, oferece uma potência e binário combinados de 333 cv e 750 Nm.
Para estas três versões está combinado um motor eléctrico de 100 kW (136 cv) e 440 Nm. A alimentá-lo está uma bateria de 31,2 kWh, capaz de assegurar uma autonomia superior a 100 quilómetros em modo 100% eléctrico.
A recarga completa a 60 kW em corrente contínua faz-se em cerca de 30 minutos, dispondo ainda de um carregador de 11 kW para corrente alternada.
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