Depois de reveladas várias fotografias em modo camuflado, eis que surge, por fim, o Renault Austral em todo o seu esplendor.
Com este SUV inédito, que substitui o Kadjar, a marca do losango quer recuperar o protagonismo num segmento marcado por uma feroz concorrência.
Não será por isso uma surpresa que o modelo terá um acabamento especial Esprit Alpine, que se distingue pela pintura em cinza fosco, a contrastar com o tejadilho em preto.
Repleto de equipamentos de última geração, apresenta-se como uma montra tecnológica do que a insígnia gaulesa é capaz de produzir.
Montado sobre a plataforma CMF-CD, comum às marcas do grupo Alliance, o Renault Austral revelado esta terça-feira adopta os códigos linguísticos introduzidos pelo Mégane E-Tech Electric.
Mesmo assim, a estética é bem mais clássica e sóbria, mesmo que a traseira seja marcada por uma assinatura luminosa muito trabalhada que quase preenche a porta da bagageira.
Marcantes são as protecções em redor da carroçaria e dos arcos das rodas, que podem chegar às 20 polegadas, e o capô cheio de nervuras a dar-lhe um visual mais robusto.
O Austral distingue-se ainda pela ampla grelha frontal, com uma linha cromada horizontal que se estende até aos faróis.
Quanto às suas dimensões, o SUV cresceu mais 7 cm face ao Kadjar, chegando agora aos 4,51 metros de comprimento. A largura atinge os 1,83 metros e a altura 1,62, para a distância entre eixos se situar nos 2,67 metros.
O espaço a bordo do Renault Austral é marcado pelos bancos traseiros, que podem deslizar até 16 cm, e aumentar de 430 até aos 575 litros a capacidade da bagageira. Com os bancos rebatidos, a capacidade pode crescer até aos 1.575 litros.
Do Mégane E-Tech Electric, herda a ergonomia e a interface homem/máquina, com o ecrã táctil multimédia OpenR de 12 polegadas na vertical, que prolonga o painel de instrumentos de 12,3 polegadas.
Tal como naquele "eléctrico", o sistema multimédia funciona com o Google, permitindo assim o acesso aos serviços e aplicações daquele motor de busca.
O volante multifunções, num formato hexagonal, facilita a entrada e saída do automóvel e garante uma boa visão sobre o painel de instrumentos.
E pode-se sempre contar com a ajuda do visor head-up de 9,3 polegadas, reflectido no pára-brisas.
As aplicações em madeira e laca preta realçam os acabamentos, que, dependendo dos níveis de equipamentos, dispõe de estofos e revestimentos em pele, Alcantara ou tecido acolchoado.
O Austral possui até 32 sistemas de segurança activa e apoio à condução, em quase tudo igual ao que a concorrência oferece.
Controlo activo de velocidade de cruzeiro, manutenção de faixa, alerta de ponto cego e tráfego cruzado na traseira, travagem automática de emergência, câmara de 360 graus e estacionamento automático são apenas algumas das valências disponíveis.
Descontinuada a linha R.S. Line, a Renault estreia no Austral a variante Esprit Alpine que depois irá prolongar-se em outros modelos da marca.
O desenho desta versão é mais assertivo, realçado pela cor em Gris Schiste Satin com acabamento acetinado, a acentuar o tom musculado e dinâmico do SUV.
À frente, a grelha horizontal do radiador é acabada em cinzento acetinado, com a lâmina aerodinâmica na mesma cor.
É um contraste feliz com o preto do tejadilho e das capas dos retrovisores laterais, e com as jantes em alumínio Daytona de 20 polegadas.
Por dentro, o Esprit Alpine apresenta estofos em Alcantara com tecido em sarja, do tipo fibra de carbono, e pespontos duplos no azul Alpine.
O mesmo logótipo está bordado nos encostos de cabeça, com a discreta bandeira tricolor francesa nas costuras laterais interiores.
Nem gasóleo nem híbrido plug-in: o Renault Austral cinge-se a quatro motorizações a gasolina mas sempre com tecnologia hibridizada.
Em estreia está um bloco a gasolina de 1.3 litros e quatro cilindros com tecnologia mild hybrid de 12 volt. As potências variam dos 140 cv, na versão com caixa manual ou automática, e 160 cv com transmissão CVT automática.
Inédito é o motor turbo de 1.2 litros de três cilindros com 130 cv, ligado a um sistema mild hybrid de 48 volt e caixa manual de velocidades.
Proposto como uma alternativa ao diesel, os consumos médios situam-se nos 5,3 litros /100 km e as emissões de dióxido de carbono (CO2) nos 123 g/km, de acordo com a marca.
Novidade é mesmo a motorização híbrida E-Tech, apoiada num bloco de 1.2 litros de três cilindros, e associado a um propulsor eléctrico de 50 kW (68 cv) e 205 Nm.
A apoiar a sua dinâmica está uma bateria de 1,7 kWh de 400 volt e uma caixa automática de sete relações: duas para o modo eléctrico e cinco para o modo híbrido.
Disponível nas potências de 160 e 200 cv, as relações da transmissão foram optimizadas em termos de binário (de 350 Nm para 410 Nm), potência, rendimento e capacidade de resposta.
Os consumos anunciados rondam os 4,6 litros/100 km e as emissões de CO2 atingem os 105 g/km.
Para qualquer uma das variantes é proposto o sistema 4Control, que pode virar as rodas traseiras num ângulo até cinco graus.
O Renault Austral chega aos concessionários nacionais em Setembro e, embora não tenham sido revelados os preços, as pré-encomendas deverão abrir antes do Verão.
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