Pesquisa
Novo Porsche 718 Cayman GT4 RS mais extremo e selvagem

A Porsche levou uma prenda subliminar ao salão automóvel de Los Angeles, que esta sexta-feira abre as portas ao público. 

Sim, trata-se do radical 718 Cayman GT4 RS, que passa a ser o topo de gama desta família desportiva de alto desempenho. 

A realçar as qualidades deste super desportivo estão os 7:09,300 minutos conseguidos nos 20,832 quilómetros da Nordschleife de Nürburgring. 

São menos 23,6 segundos do que o registo do GT4 convencional, o que mostra o seu lado verdadeiramente selvagem. 

Mais potente e mais rápido 

O Porsche 718 Cayman GT4 RS guarda um bloco de 4.0 litros e seis cilindros naturalmente aspirado para debitar 500 cv e 449 Nm às 9.000 rotações por minuto. 

Mais "fraco" do que os 510 cv e 420 Nm do Porsche 911 GT3, mostra niveís de potência e de binário bem superiores aos 420 cv e 420 Nm do Cayman GT4. 

E, ao contrário do seu "irmão", o motor do está acoplado em exclusivo a uma transmissão automática PDK de dupla embraiagem de sete relações. 

Claro que o condutor tem sempre a opção de engrenar manualmente as marchas através das patilhas no volante ou na nova alavanca montada na parte superior da consola central. 

A maior potência, aliada ao menor peso do bólide permite-lhe cumprir em 3,4 segundos os zero aos 100 km/hora, para uma velocidade máxima a bater nos 315 km/hora. 

São menos 35 quilos pelo uso intensivo de plástico reforçado com fibra de carbono no capô e nos guarda-lamas, e pela redução do material isolante.

Também o vidro traseiro é diferente, e os painéis das portadas receberam puxadores em tecido. 

Aerodinâmica apurada 

Mais baixo em 30 cm na distância ao solo face ao 718 Cayman convencional, o Porsche 718 Cayman GT4 RS viu a suspensão ganhar uma nova configuração. 

Amortecedores, molas e barras estabilizadoras foram revistas, com as juntas esféricas a ligarem a suspensão ao chassis. 

As diferenças ganham mais corpo com a estética renovada do Porsche 718 Cayman GT4 RS, logo a começar pela enorme asa traseira inspirada nos ferozes 911 RSR e 911 GT3. 

Novas entradas de ar no lugar das pequenas janelas traseiras, concebidas para uma melhor aerodinâmica geral, "criam um som inebriante para os ocupantes", como sublinha a Porsche. 

A refrigeração do motor é agora mais eficaz, ao serem combinadas com as entradas de ar laterais, também elas totalmente revistas. 

As alterações aerodinâmicas prosseguem no difusor traseiro, no spoiler dianteiro com aletas laterais, na parte inferior da carroçaria e nas entradas de ar do capô. 

O resultado final? Um aumento em 25% na força descendente quando seleccionado o modo Performance, para entradas e saídas mais rápidas das curvas. 

Claro que se pode sempre libertar mais peso se se escolher pelo pacote Weissach, com acabamento em fibra de carbono no capô dianteiro, entradas de ar, tampa da caixa do filtro de ar, molduras dos retrovisores e asa traseira. 

O pacote opcional inclui ainda saída de escape em titânio, o mesmo material usado nas barras de segurança na parte traseira do habitáculo. 

A Porsche afirma que esta variante é 23,6 segundos mais rápida do que o 718 Cayman GT4 convencional no circuito Nürburgring-Nordschleife. 

As jantes em liga leve de 20 polegadas foram, neste caso, substituídas por rodas em liga de magnésio, "calçadas" por pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 R. 

Estreado no salão automóvel de Los Angeles, no nosso país os "porchistas" mais indefectíveis já podem encomendar o 718 Cayman GT4 RS a partir de 197.143 euros. 

Clubsport só para circuitos 

Apresentado em simultâneo com o Porsche 718 Cayman GT4 RS foi a variante concebida apenas para correr em pistas de corrida. 

O 718 Cayman GT4 RS Clubsport, que sucede à geração lançada em 2016 e renovada três anos mais tarde, está mais agressivo do que nunca graças a uma carroçaria totalmente redesenhada. 

À frente está um divisor mais destacado para uma maior força descendente, com entradas de ar integradas nos guarda-lamas e uma aba na asa traseira ajustável. 

Para as provas de resistência pode ser equipado com faróis extras, e novas tampas à frente para reabastecimentos rápidos, sendo ainda propostas dois sistemas de escape para pista distintos com limitadores de ruído. 

A maior parte da carroçaria, assim como o volante, é construída com compostos leves de em fibra natural à base de linho em alternativa à fibra de carbono. 

Se neste momento esses compostos são usados pela Porsche apenas nos seus modelos de competição, nada exclui que não venham a ser aplicados em futuros carros de produção. 

O bloco de 4.0 litros com aspiração central, derivado do 911 GT3 Cup, oferece 507 cv e 465 Nm às 9.000 rotações por minuto, mais 76 cv e 41 Nm do que a versão anterior de 3.8 litros. 

A caixa PDK de dupla embraiagem de sete velocidades, com relações mais curtas, envia potência e binário às rodas traseiras, apoiadas num diferencial de deslizamento limitado. 

Claro que a suspensão sofreu uma forte afinação para a condução, ao ganhar amortecedores bidireccionais ajustáveis. 

Três tipos de mola para ambos os eixos, e barras estabilizadoras de lâmina dupla niveláveis permitem ajustar a altura ao solo. 

A eficácia das travagens é assegurada por discos ventilados de 380 mm, apoiada em software reprogramável para o ABS e no Porsche Stability Management System. 

O equipamento de segurança inclui uma gaiola de segurança soldada, banco de corrida Recaro ajustável com cintos de segurança de seis pontos, e extintor de incêndio. 

O conjunto é completado por um sistema de entrada de ar embutido e uma célula de combustível FT3 de 115 litros, em conformidade com os regulamentos da FIA, e espuma extra no lado do condutor, que é exigido para os campeonatos SRO. 

Já segue o Aquela Máquina no Instagram?

Faltam 300 caracteres
Comentário enviado com sucesso
Subscrever Newsletter
pub
×
Enviar artigo por email

Restam 350 caracteres

×
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login. Caso não esteja registado no site de Aquela Máquina, efectue o seu registo gratuito.