É uma das grandes apostas da Renault no mundo da electro-mobilidade para a próxima Primavera.
O novo Mégane E-Tech Electric distingue-se pelas suas linhas suaves, a dar corpo a uma fusão entre um hatchback e um crossover coupé.
Construído sobre a plataforma CMF-EV em que também é montado o Nissan Ariya, o novo "eléctrico" tem 4,21 metros de comprimento por 1,78 de largura e 1,50 metros de altura.
É 15 cm mais curto, 3 cm mais estreito e 6 cm mais alto do que o Renault Mégane actual mas, em compensação, tem mais 3 cm de distância entre eixos, para 2,70 metros.
A liberdade imprimida no seu desenho está bem patente nas grandes proporções dos painéis da carroçaria e nas jantes em liga leve de 20 polegadas, que de série são de 18.
Os faróis são de última geração, esculpidos a laser, e dão um verdadeiro espectáculo luminoso ao receber os ocupantes.
Esteticamente, surpreende a parte debaixo do pára-choques dianteiro, com a faixa dourada a separar a grelha inferior da entrada de ar.
Além de dar mais impacto aos faróis diurnos, as duas placas laterais direccionam o fluxo de ar para as extremidades do pára-choques, garantindo um melhor coeficiente aerodinâmico.
Atrás, a assinatura luminosa ganha um efeito 3D que dá maior profundidade aos farolins.
O ambiente "festivo" prossegue no interior, ressaltando de imediato a ausência do túnel da transmissão como é usual nos veículos eléctricos.
O menor espaço exigido pelos componentes eléctricos levou a um aumento do espaço para os ocupantes e para guardar pequenos objectos, numa capacidade total de 30 litros.
A bagageira tem 440 litros de capacidade, que pode ser aumentado com os bancos traseiros rebatidos, e um espaço de 22 litros para guardar os cabos de carregamento.
O principal destaque vai para o inovador tabliê OpenR que, com a forma de um ‘L’ invertido, agrupa o painel de instrumentos e o ecrã táctil multimédia numa única peça.
O primeiro tem 12,3 polegadas e o segundo 12, que será de nove polegadas na versão de entrada na gama, sendo ambos configuráveis.
Desenvolvido em parceria com a Google, o sistema de infoentretenimento oferece um grande número de funções de conectividade, e informações específicas da parte eléctrica do automóvel.
Quanto aos revestimentos interiores, as versões mais equipadas contam com acabamentos em madeira, assim como plásticos e tecidos produzidos com materiais reciclados.
Neste ataque da marca do losango à electro-mobilidade, é a mecânica que mais desperta a atenção no Renault Mégane E-Tech Electric.
O crossover será proposto com dois níveis de potência, de 96 kW (130 cv) com a bateria de 40 kWh, e de 160 kW (218 cv) e 300 Nm com a de 60 kWh.
A autonomia da bateria de maior capacidade ronda os 470 quilómetros segundo o ciclo WLTP, estando "assegurados" 300 quilómetros em auto-estrada.
Capaz de carregar até 130 kW, significa isso que é possível carregar a bateria em 30 minutos para uma autonomia suplementar de 300 quilómetros.
A Renault sublinha que a bateria, com mais 20% de densidade, é também a mais fina do mercado.
Os seus 11 cm de altura permitiram rebaixar em 9 cm o centro de gravidade do crossover em relação ao Mégane de quarta geração com motor de combustão.
O Renault Mégane E-Tech Electric é também o modelo que estreia a fábrica ElectriCity, o pólo industrial em Douai, no norte de França, que o grupo consagrou a esta tecnologia.
Na nova unidade fabril está prevista a produção anual de 400 mil unidades, e a recolha para reciclagem e reutilização das baterias em fim de ciclo de vida.
Ao nosso país o modelo deverá chegar no primeiro trimestre do próximo ano, sendo comercializado a par das versões tradicionais equipadas como motorizações térmicas.
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