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‘Velocidade Furiosa’: como transformar bólides com pouco dinheiro

É mais uma história inenarrável de bastidores que Craig Lieberman, consultor técnico dos dois primeiros ‘Velocidade Furiosa’, tem para contar.

Como em qualquer filme que tem automóveis como figuras principais, é vulgar o estúdio comprar os que são necessários para a rodagem e adaptá-los aos papéis dos actores.

Não foi isso que aconteceu, no entanto, nos dois primeiros capítulos da saga ‘Velocidade Furiosa’.

Face a orçamentos "miseráveis" para os padrões de Hollywood – 33,6 milhões de euros para o primeiro, 67,3 milhões para o segundo – decidiram alugar carros já preparados.

Os melhores foram dados aos heróis e usados para as cenas principais, enquanto os menos bons eram "trabalhados" e entregues a duplos para cenas de perseguição e de acidentes.

Como exemplo, refira-se apenas o protagonismo do General Lee na série televisiva ‘Os Três Duques’. Nas sete temporadas realizadas entre 1979 e 1985, foram usados (e muitos deles destruídos) 321 Dodge Charger cor de laranja!

E houve também aqueles que, trabalhando nos filmes, "ofereceram" carros da sua colecção privada ao elenco para ganharem imagens ainda mais realistas.

O Toyota Supra alaranjado que se "picou" com um Ferrari na Pacific Coast Highway, e o Nissan Maxima azul guiado por Vince, interpretado por Matt Schultze, eram ambos de Craig Lieberman.

As transformações dos "ferros velhos" tiveram tanto de radical como de hilariante. As gaiolas de segurança foram feitas com tubagens vulgares, enquanto os assentos foram revestidos com capas para imitarem os bancos ergonómicos de marcas de referência.

Concluídos os filmes, o que aconteceu aos carros que neles passearam a sua potência? Muitos deles foram vendidos a fãs europeus e norte-americanos enquanto outros estão agora expostos em museus.

Craig Lieberman tem partilhado na sua página da internet vários vídeos com estes factos pouco conhecidos, que só engrandecem a saga ‘Velocidade Furiosa’.

A título de curiosidade, refira-se que os baixos orçamentos dados a ambos os filmes em que o conselheiro técnico trabalhou resultaram em 183,6 milhões de euros no primeiro, e 209,3 no segundo, no que a receitas de bilheteira diz respeito.

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