Os portugueses gastaram, em 2019, 21 minutos nas suas deslocações diárias casa-trabalho. Em comparação com os restantes membros da União Europeia (UE), Portugal é dos países onde se gasta menos tempo em viagens, de acordo com o estudo do Eurostat.
Mais de metade dos trabalhadores da UE (61,3%) gastaram, em 2019, menos de 30 minutos nas suas deslocações casa-trabalho. Um em cada quatro (26,3%) viajou entre 30 a 59 minutos, enquanto que menos de um em cada dez (8,1%) dispensarem mais de 60 minutos nas suas deslocações.
Ao nível dos Estados-Membros, três em cada quatro pessoas empregadas na Grécia (75,8%) e no Chipre (75,5%) gastavam diariamente menos de 30 minutos nas suas viagens. Em contrapartida, apenas cerca de metade da população empregada no Luxemburgo (49,4%) e na Letónia (44,9%) se encontravam nesta situação. Estes dois últimos países tinham as percentagens mais elevadas de pessoas empregadas com um tempo de deslocação de 30 a 59 minutos. As deslocações mais duradouras foram observadas na Letónia (13,5%), Irlanda (11,2%), Bélgica (10,7%) e Hungria (10,6%), onde mais de 10% da população empregada perdeu mais de uma hora de casa ao trabalho.
Dos indivíduos empregados em 2019, somente 4,3% não necessitaram de se deslocar até ao local de trabalho, valor este que com a Covid-19 e a implementação do teletrabalho irá sofrer uma alteração drástica ainda este ano, segundo dados do Eurostat.
Portugal é um dos países da União Europeia mais rápido nas suas deslocações, em termos laborais. Os italianos cronometram o mesmo tempo dos portugueses, todavia há quem seja ainda mais rápido dois minutos: o Chipre. Por outro lado, em países como a Letónia, Hungria e Luxemburgo o tempo de deslocação é superior à média europeia e ultrapassa a meia hora de viagem.
Autor: "Negócios"