O Grupo Renault acaba de anunciar a saída do mercado chinês, pelo menos no que diz respeito aos veículos de passageiros, depois de uma reorganização na sua estratégia comercial, terminando assim a sua parceria na "joint-venture" Dongfeng Renault Automotive Company, que previa a produção do trio Captur, Kadjar e Koleos para o mercado local.
Apesar da decisão, a Renault, a Nissan e a Dongfeng já esclareceram que vão continuar a cooperar no fornecimento de componentes e motores. Todavia, a partir de agora a manutenção dos cerca de 300 mil euros que a Renault tem em circulação naquele país passam a ser garantidas pelos concessionários da Nissan, membro da Aliança.
Mas se esta decisão é válida para os veículos de passageiros, está longe de ser verdade para os comerciais, que a partir de agora serão vendidos pela Renault Brilliance Jinbei Automotive, uma outra parceria. Já os eléctricos passam a ser operados pela eGT new Energy Automotive e pela Jiangxi Jiangling Group Electric Vehicle.
Recorde-se que a Renault tinha regressado ao mercado chinês em 2016, pelo que esta acaba por ser uma passagem muito fugaz. Porém, explica-se com a quebra no mercado e com actual crise mundial devido à pandemia do novo coronavírus, que terá tido um impacto importante nas operações da marca gaulesa naquele mercado.
A Aliança vai agora proceder a um realinhamento da sua estratégia comercial para os mercados globais. A intenção passa por atribuir diferentes regiões às três marcas, com a Renault a ter primazia na Europa, a Nissan na China e a Mitsubishi noutros países do oriente. Ainda assim, isto não significa a exclusão das outras duas marcas desses mercados/países.
"Esta nova estratégia para a China vai incrementar as vantagens competitivas da Renault para assegurar uma presença a longo-termo no mercado chinês e maximizar as sinergias com a Nissan sob o novo conceito de ‘líder-seguidor'", pode ler-se no comunicado.