O petróleo WTI em Nova Iorque disparou 35% e o Brent em Londres chegou a disparar 46% depois de o presidente dos Estados Unidos ter anunciado que a Arábia Saudita e a Rússia deverão cortar a produção em pelo menos 10 milhões de barris por dia, escreve o "Negócios".
O presidente norte-americano, Donald Trump, utilizou a respetiva conta Twitter para divulgar o resultado das conversas com o "amigo" Mohammed bin Salaam, o príncipe da Arábia Saudita, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, indicando que ambas as nações vão cortar a produção em cerca de 10 milhões de barris - um número que, num tweet à parte, revela que pode ascender aos 15 milhões.
Just spoke to my friend MBS (Crown Prince) of Saudi Arabia, who spoke with President Putin of Russia, & I expect & hope that they will be cutting back approximately 10 Million Barrels, and maybe substantially more which, if it happens, will be GREAT for the oil & gas industry!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 2, 2020
.....Could be as high as 15 Million Barrels. Good (GREAT) news for everyone!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 2, 2020
Apesar deste anúncio, o porta-voz de Putin já afirmou que o presidente russo não falou com o príncipe saudita. De acordo com a televisão estatal saudita, a Arábia Saudita já convocou uma reunião de urgência da OPEP+ (grupo que integra os países produtores da OPEP e aliados como a Rússia), mas ainda não foi confirmado o corte através de fonte oficial desta nação.
Depois dos mínimos das últimas sessões, o petróleo está a registar uma valorização recorde. O WTI chegou a subir 35% para 27,39 dólares e o Brent em Londres chegou a disparar 46,69% para 36,29 dólares. As cotações aliviaram logo de seguida, registando ainda assim valorizações robustas. O WTI em Nova Iorque segue agora a valorizar 23,49% para 25,13 dólares. O Brent em Londres ganha 20,13% para 29,68 dólares.
Há, desta forma, uma forte inversão da tendência negativa que se tem verificado nos mercados de petróleo, que fecharam há dois dias o pior trimestre da história. O WTI em Nova Iorque acumulou uma queda de 66% nos primeiros três meses do ano, semelhante à quebra de 65% do barril de Brent no mesmo período.
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(notícia atualizada às 15h50 com mais informação)