Pardal Henriques, porta-voz do sindicato dos motoristas, garante que há motoristas a ser subornados pelos patrões para trabalhar e promete quebrar o cumprimento dos serviços mínimos estabelecidos pelo Governo,
escreve o "Correio da Manhã".
As declarações de Pardal Henriques já foram desmentidas por André Marias da Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias], que pediu provas e acusou o porta-voz do sindicato dos motoristas de mentir "descaradamente".
Os motoristas cumprem esta segunda-feira o primeiro dia de greve marcada por tempo indeterminado.
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Acompanhe a greve ao minuto:
12h02 - Sindicato dos motoristas de mercadorias garante serviços mínimos
O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) garantiu que vai cumprir os serviços mínimos, apesar de "ainda não saberem quais são" porque as empresas não os comunicaram, disse esta segunda-feira o presidente, Jorge Cordeiro, à Lusa.
O presidente do SIMM reiterou que, tal como já tinham anunciado, "os serviços mínimos vão ser cumpridos" pelos trabalhadores afetos àquele sindicato.
11h43 - Pardal Henriques faz balanço extremamente negativo da greve e diz que vai apresentar provas das pressões
O porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas Pedro Pardal Henriques fez um balanço "extremamente negativo" do decurso da greve, acusando o Governo de não estar a respeitar a legislação laboral.
O advogado disse que vai apresentar provas das pressões que estão a ser exercidas sobre os trabalhadores e pede ao Governo que respeite o direito à greve.
Pedro Pardal Henriques referiu também que os serviços mínimos vão ser cumpridos apesar de, cerca das 09h00, ter anunciado o contrário.
11h17 - André Matias, porta-voz da Antram, garante que adesão à greve dos motoristas é inferior a 1%
André Matias, porta-voz da Antram, garantiu esta segunda-feira em declarações à CMTV que a adesão à greve por parte de todos os motoristas, excepto os de matérias perigosas, é inferior a 1%.
11h01 - Serviços mínimos põem em causa direito à greve diz a Comissão Central de Trabalhadores
A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal considera que o despacho do Governo que define os serviços mínimos para a greve de motoristas põe "em causa o direito constitucional à greve".
"Não é a primeira vez que tal acontece, o Governo adotou a mesma postura para com os trabalhadores da Petrogal no longo processo de luta que estes trilharam recentemente", lê-se numa nota enviada hoje às redações.
Na opinião da CCT da Petrogal, o Governo atuou como "ponta de lança das entidades patronais", acusando-o de proteger os "interesses privados dos patrões".
A estrutura representativa dos trabalhadores da Petrogal "condena" ainda "o 'teatro' montado à custa das justas reivindicações dos motoristas de matérias perigosas para criar condições políticas que possam caucionar retrocessos inaceitáveis no direito à greve dos trabalhadores".
"Salvo honrosas exceções, a comunicação social dominante ignorou também que os teores dos despachos ministeriais constituíram a forma política de contornar as decisões judiciais e atacar o direito à greve dos trabalhadores", acrescentou.
10h47 - Pardal Henriques recua e confirma que motoristas cumprem os serviços mínimos
Pardal Henriques voltou a falar aos jornalistas e desta vez para recuar face ao que disse esta manhã sobre os serviços mínimos. "Existem motoristas que continuam a trabalhar, a fazer serviços mínimos e existem motoristas que não estavam escalados para os serviços mínimos e continuam a trabalham", avança.
10h29 - António Costa garante que não foi necessária requisição civil
O primeiro-ministro, António Costa, destacou que a greve dos motoristas está a decorrer com normalidade estando a ser cumpridos os serviços mínimos e descartou, para já, haver necessidade de decretar a requisição civil.
"Os serviços mínimos estão a ser assegurados, está tudo dentro da normalidade", afirmou o primeiro-ministro à saída de um 'briefing' com a Proteção Civil.
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) disse anteriormente que os motoristas iam deixar de cumprir serviços mínimos por considerar que o Governo e as empresas não estão a cumprir o direito à greve.
10h10 - Empresas pedem ao Governo que atue se serviços mínimos não forem cumpridos
A associação patronal das empresas de combustíveis ANTRAM considera inaceitável a ameaça dos motoristas de deixarem de cumprir os serviços mínimos determinados para a greve que teve esta segunda-feira início e pediu ao Governo para tomar medidas.
"Esperamos que o Governo aja porque é inaceitável que alguém, menos de uma hora depois de terem iniciado os serviços mínimos, já os esteja [a ameaçar] incumprir", afirmou à Lusa o porta-voz da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), André Matias.
O também advogado da associação referia-se a declarações feitas pelo porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, em Aveiras de Cima, Azambuja, Lisboa, onde está concentrado um piquete de greve na sede da CLC - Companhia Logística de Combustíveis.
09h14 - Patrões negam ter subornado alguém para furar greve
A associação patronal Antram rejeitou hoje ter subornado motoristas de matérias perigosas para furarem a greve, tendo o porta-voz da associação acusado o sindicato nacional dos motoristas de mentir descaradamente.
"Este sindicado [Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas] não respeita ninguém, não respeita o povo português e mente descaradamente quando acusa, sem qualquer respeito ou prova, empresas de suborno", afirmou à Lusa o porta-voz da Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários (Antram), André Matias.
08h54 - Sindicato diz que trabalhadores vão deixar de cumprir serviços mínimos
Os motoristas de matérias perigosas vão deixar de cumprir os serviços mínimos, anunciou de manhã em Aveiras de Cima, o vice-presidente do Sindicato.
"Vamos deixar de cumprir os serviços mínimos", disse ao jornalistas o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, em Aveiras, concelho da Azambuja, distrito de Lisboa.
Pardal Henriques acusou o Governo e as empresas de não estarem a respeitar o direito à greve.
"Os trabalhadores estão a ser subornados. Há polícia e Exército a escoltar os camiões. Não foi o sindicato que quebrou os serviços mínimos, mas sim as empresas e o Governo que violaram o direito à greve.
08h47 - Mais de 430 postos sem combustível às 08h30
Mais de 430 postos de combustível de Portugal estavam, às 08h30, sem gasolina ou gasóleo, o que representa 15% do total de postos do país, de acordo com informação divulgada pelo 'site' já não dá para abastecer.
Segundo esta fonte, há 439 postos no país sem qualquer combustível, enquanto 393 têm só algum tipo de combustível, gasolina ou gasóleo.
A maior parte (71%) do total dos 2.928 ainda tem, segundo este 'site', combustível para normal abastecimento.
08h17 - "Desde o 25 de abril de 74 que nunca se viu o uso da força desta forma"
Pardal Henriques, porta voz dos motoristas, lamentou o forte aparato policial em Aveiras. "Desde o 25 de abril de 74 que nunca se viu o uso da força desta forma", referiu.
08h11 - GNR escoltou primeiros camiões a iniciarem funções
A GNR fez, esta segunda-feira de manhã, escolta dos primeiros motoristas de matérias perigosas que saíram de Aveiras de Cima, onde está concentrado um piquete de greve, tendo conseguido que "tudo funcionasse normalmente", disse fonte daquela instituição.
De acordo com a mesma fonte, os primeiros cinco camiões-cisterna com matérias perigosas partiram da sede da CLC - Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras de Cima, concelho da Azambuja, distrito de Lisboa, para abastecer o aeroporto.
"A GNR escoltou os motoristas e funcionou tudo normalmente. Correu tudo em ordem", garantiu.
Mais de uma centena de motoristas estão concentrados em piquete desde a noite de domingo, tendo a greve começado à meia-noite.
07h30 - "Estão a subornar pessoas para quebrar os serviços mínimos"
"Os primeiros que saíram foram pessoas subornadas", disse Pardal Henriques em Aveiras de Cima, onde estão reunidos vários motoristas para cumprir a greve que teve início hoje à meia-noite e de onde saíram os primeiros cinco camiões-cisterna com matérias perigosas, cerca das 06h30.
"Mais uma vez, a Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] não está a cumprir o que está combinado. Estão a subornar pessoas para quebrar os serviços mínimos", afirmou Pardal Henriques aos jornalistas.
André Matias, porta-voz da ANTRAM, já reagiu às declarações de Pardal Henriques e negou qualquer suborno a motoristas para furar paralisação.
Um camião foi impedido de sair esta manhã em Matosinhos após ter sido barrado por um grupo de manifestantes.
O veículo não estava assinalado como um dos afetos aos serviços mínimos, o que motivou a ação dos motoristas que ali se estavam a manifestar.
Pelas 07h30 desta segunda-feira há já 439 postos sem qualquer tipo de combustível.
Há vários dispositivos policiais espalhados por pontos importantes do País, na Ponte 25 de Abril estão várias equipas incluindo a Unidade Especial de Polícia para precaver qualquer tentativa de bloqueio da ponte.
Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).
O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica "medidas excecionais" para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.
Neste âmbito, o primeiro-ministro, António Costa, desloca-se hoje pelas 09h30 à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e assiste ao briefing operacional para avaliar o desenrolar dos acontecimentos.