A McLaren Automotive – o ramo do grupo McLaren responsável pela construção dos automóveis superdesportivos – vai de vento em popa, com vendas num imparável crescendo, acompanhadas por lucros que vão estabelecendo constantemente novos recordes. O futuro é de tal forma risonho que decidiu abrir a sua primeira fábrica fora do seu complexo de Woking!
Assim, a McLaren anunciou hoje a construção de uma fábrica em Sheffield só para a produção dos novos chassis em fibra de carbono. Será um investimento de cerca de 58 milhões de euros e criará 200 postos de trabalho altamente especializados, mas permitirá à marca uma poupança calculada em 11 milhões de euros anuais, em relação à situação actual em que tem de mandar fazer os chassis fora, numa fábrica na Áustria.
A nova fábrica começará a ser construída ainda este ano para entrar em laboração em pleno em 2020. Nessa altura estará a fabricar a próxima geração de monocoques e carroçarias em fibra de carbono que servirão os futuros superdesportivos da McLaren.
Recorde-se que a McLaren construiu o primeiro carro de estrada inteiramente em fibra de carbono, o mítico superdesportivo F1 e foi também a equipa que introduziu aquele material na F1, no MP4/1 que se estreou no Mundial de 1981. Tem, pois, uma longa história de utilização e domínio do uso da fibra de carbono que emprega nos actuais modelos 570S e 675LT Spider, bem como no sucessor do 650S (
consta que se chamará 720S) que irá apresentar no salão de Genebra.
"Daí que criar uma infraestrutura para construir os nossos próprios chassis em fibra de carbono fosse um passo perfeitamente lógico na nossa estratégia de crescimento", explicou o presidente da McLaren Automotive, Mike Flewitt.
A instalação da nova fábrica, designada McLaren Composites Technology Centre, foi conseguida graças à parceria estabelecida entre a marca britânica, a edilidade de Sheffield e a universidade de Sheffield's Advanced Manufacturing Research Centre.
"Uma parceria que nos garante o acesso a algumas das melhores capacidades de investigação de materiais compósitos em todo o Mundo", esclareceu Mike Flewitt.