Enquanto o apetite por produtos de luxo vai crescendo na China as marcas automóveis como McLaren, Lamborghini ou Aston Martin estão a encontrar impossibilidades para exportar para o maior mercado de carros do mundo.
As fabricantes de baixo volume, que produzem poucos carros por ano a preços elevados, têm sido excluídas da medidas ambientais chinesas, mas as regras mudaram e as marcas de luxo sentem-se agora fortemente prejudicadas. "Tem sido um caminho miserável. Tem havido um forte pedido destes veículos. Estamos todos a ter dificuldades em colocar os carros no mercado chinês já pelo segundo trimestre consecutivo", disse um dos responsáveis por uma marca de topo ao Financial Times.
O presidente Xi Jinping iniciou um plano para combater a corrupção no país com um imposto de 10% sobre produtos acima dos 165.000 euros, pretendendo assim criar um "consumo justo controlado". Além disso, a chamada Lei do Ar Puro obriga os veículos a serem avaliados aos 160.000 km para testar o cumprimento dos limites de emissões. Os veículos de luxo estavam isentos dessa medida, visto que são conduzidos, em média, somente 5.000 km por ano mas a isenção terminou este ano. Os carros precisam agora de um certificado para entrar no país que pode demorar até seis meses a conseguir. Carros que sejam vendidos neste Verão só seriam entregues já em 2018, um tempo de espera inaceitável para o mercado de luxo.