Eduardo Cabrita, ministro da administração interna, enunciou numa entrevista à Antena 1, que será difundida este sábado, que vai avançar com medidas para reduzir a sinistralidade. Entre elas está a intenção de reduzir para 30 km/h a velocidade máxima nas cidades, a exemplo do que já acontece em alguns bairros.
Deixando de lado qualquer comentário sobre esta opção, que vai permitir que uma bicicleta ou até um skate possa ultrapassar um automóvel, achamos estranho que o ministro deixe de lado outros factores tanto ou mais importantes. Basta recordar que há uma norma europeia, que aponta para a necessidade de tornar mais alta a zona frontal dos veículos, porque está provado que assim se reduz o impacto em caso de atropelamento.
É por isso que cada vez mais os novos automóveis são mais altos, mas esse efeito não terá reflexos no nosso país onde o Governo tarda em resolver o aberrante sistema de portagens nas auto-estradas onde os automóveis que a Europa considera mais seguros para os peões, pagam Classe 2 nas portagens, afastando-os das opções dos clientes.
Para olhar um exemplo concreto basta olhar para o Opel Mokka, um SUV urbano que lidera vendas na Europa, mas como é Classe 2 acaba por ser invendável em Portugal.
A tentativa de reduzir os números graves da sinistralidade é louvável, mas já que há vontade politica para agir, era importante actuar em todas as frentes pois só assim pode haver garantias na obtenção de resultados.