Carlos Ghosn vai abandonar a liderança do Renault mas… devagarinho e, até lá, fica mais quatro anos! Há alguns meses que a marca francesa lançara um processo de procurar um sucessor mas, no final, Ghosn continuará à frente da marca, lugar que ocupa desde 2005. O novo mandato de quatro anos tem como objectivo assegurar a transição para o novo presidente que deverá ser, segundo as recentes indicações pela sua promoção a director-geral adjunto, para todos os efeitos o n.º 2, Thierry Bolloré.
Ghosn teve, no entanto, de aceitar uma redução de 30% no seu ordenado para continuar a liderar a marca francesa, de forma a apaziguar a sua relação com o Estado francês – acionista com 15% mas 22% dos votos – que há um ano se opusera, sem sucesso, ao aumento do ordenado que atinge um total de sete milhões de euros!
Tendo apresentado hoje as contas do Grupo Renault – Renault, Dacia, Renault Samsung Motors, Alpine e Lada –, com recordes em todas as frentes, quer nas vendas quer nos resultados líquidos, Ghosn tem pela frente algumas tarefas importantes para os próximos quatro anos, nomeadamente colocar em prática a sua estratégia "Drive the Future" que irá até 2022, assegurar a transição na presidência e reforçar a Aliança com a Nissan e Mitsubishi.