A retalhista japonesa MUJI juntou-se à empresa finlandesa de condução autónoma Sensible 4 e criou o GACHA, o "primeiro autocarro autónomo apto para todas as condições atmosféricas".
Apresentado na passada sexta-feira em Helsínquia, na Finlândia, o GACHA vai estrear-se em viagens ao público no próximo mês de Abril. Numa primeira fase vai operar para a população de Espoo, depois passará para Hämeenlinna, Vantaa e, mais tarde, para Helsínquia, lá mais para o final do ano.
O desenvolvimento do software para este autocarro eléctrico ficou a cargo da Sensible 4, que quis mudar o facto de a maioria dos veículos autónomos só funcionar em condições climatéricas ideais e em estradas bem sinalizadas.
"O desenvolvimento do GACHA começou quando a equipa Sensible 4, ao trabalhar na primeira geração de autocarros robot, percebeu que estes não conseguem deslocar-se com chuva leve, muito menos nas condições típicas de Inverno na Finlândia. Essa ainda não é uma tecnologia completamente autónoma", referiu Harri Santamala, CEO da Sensible 4.
"A maioria dos carros autónomos só pode operar em condições climatéricas ideais e em estradas bem sinalizadas. Foi precisamente isto que a Sensible 4 conseguiu mudar graças à realização de repetidos testes nas duras condições de Inverno da Lapónia Finlandesa", atirou.
Por seu turno, o design do veículo ficou a cargo da MUJI, que criou um autocarro com uma estética funcional para melhorar a experiência de utilização. O espaço interior tem a forma arredondada do autocarro, criando mais espaço disponível para os ocupantes.
A inspiração para este design veio de uma cápsula de brinquedos típica do Japão, algo que segunda a marca representa "uma forma universal que simboliza alegria e emoção, transmitindo paz e felicidade para aqueles que o encontram".
Com capacidade para 10 ocupantes sentados e 6 em pé, o CACHA tem autonomia para mais de 100 quilómetros e chega aos 40 km/h de velocidade máxima. O carregamento pode ser feito sem fios.
A MUJI e a Sensibele 4 têm como objectivo ver o GACHA em acção por várias das cidades mais movimentadas do mundo até 2021, integrados nas redes de transportes públicos locais.