E se o que paga nas portagens dependesse das emissões do seu carro?

E se o valor das portagens nas auto-estradas nacionais estivesse dependente das emissões poluentes do seu carro?

A ideia parece estapafúrdia mas é exactamente o que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) recomenda ao nosso país.

A instituição afirma que Portugal deve concluir a avaliação da reforma fiscal verde, "com vista a uma aplicação mais coerente do princípio do poluidor-pagador".

Ao mesmo tempo, deverá colmatar a diferença fiscal entre o gasóleo e a gasolina, e variar os preços das portagens em função das emissões dos veículos.

As sugestões no plano rodoviário fazem parte da quarta revisão de desempenho ambiental de Portugal divulgada esta semana pela OCDE.

Para o melhorar, o nosso país precisa de "transferir o investimento da construção de novas estradas para a melhoria da rede ferroviária".

Deverá também concluir a avaliação da reforma fiscal verde, "com vista a uma aplicação mais coerente do princípio do poluidor-pagador".

Aconselha ainda a colmatar a diferença fiscal entre o gasóleo e a gasolina e a promover veículos menos poluentes.

Outras áreas de actuação passam por variar os preços das portagens "em função das emissões dos veículos" e desenvolver zonas de baixas emissões nas cidades.

Aplicar rapidamente a Lei de Bases do Clima é outra das recomendações da OCDE, que pede também "metas claras" para eliminar progressivamente todos os subsídios aos combustíveis fósseis até 2030.

É preciso, diz o documento, continuar a apoiar a aquisição de veículos com baixas emissões de carbono e acelerar a implantação de estações de carregamento eléctrico em todo o país.

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